Actualizada às 20h41
Um dos administradores da construtora Tâmega, José Fonseca, lamentou hoje a tragédia que provocou a morte a dois trabalhadores na sequência de uma derrocada que «nada fazia prever».
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José Fonseca referiu que no local do acidente «que resultou em duas mortes e um ferido ligeiro», se encontrava cerca de uma centena de trabalhadores.
As vítimas mortais são Manuel Mendonça, 50 anos, ajudante de serralheiro, residente no concelho de Santana, cujo cadáver foi já recolhido, e Eduardo Bento de 45 anos, soldador, morador em Santa Cruz, em relação ao qual decorrem as operações para encontrar o corpo. «Agora é olhar para a frente e tirar estes escritórios daqui», adiantou o responsável.
«Há instalações aqui há mais de cem anos, não fomos nós que fizemos esta obra, apenas a comprámos e nada fazia prever este acidente», acrescentou.
Justificou apontando que não faria sentido que, «sendo a Tâmega uma empresa de obras públicas, com muitos empreendimentos construídos na região, tem engenheiros e centenas de trabalhadores, e os administradores também a laborarem neste local, ocupassem um espaço que oferecia riscos».
José Fonseca referiu que a construtora está naquele local há sete anos, no Parque Industrial da Zona Oeste do Funchal e que vai «chamar os técnicos para tentar saber se é possível segurar a escarpa».
Por seu turno, o responsável pelo sindicato dos trabalhadores da construção civil da Madeira, Diamantino Alturas, disse: «todos os dias estávamos à espera disto pois o Outono foi muito quente e sucederam-se agora as chuvadas».
A derrocada provocou ainda ferimentos ligeiros num outro trabalhador, danificou vários carros estacionados no local e destruiu a conduta de abastecimento de água o que vai afectar diversas zonas da capital.
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