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Fumar é a primeira causa de morte em Portugal

Uma em cada cinco mortes ocorridas em pessoas com idades entre os 45 e os 64 anos são atribuíveis ao tabaco. O consumo de tabaco foi responsável por 21% do total de mortes por cancro, 31% das mortes por doenças respiratórias

O tabaco matou uma média de 32 pessoas por dia em 2013, tendo sido a primeira causa de morte em Portugal, mas no geral o número de fumadores tem vindo a diminuir, segundo um relatório apresentado esta terça-feira

De acordo com o relatório “Portugal – Prevenção e Controlo do Tabagismo em Números 2015”, da Direção-Geral da Saúde (DGS), os últimos dados disponíveis sobre a mortalidade associada ao tabaco revelam que fumar foi a primeira causa de morte em Portugal em ambos os sexos, correspondendo a quase 11% do total de óbitos.

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As estimativas do Institute for Health Metrics and Evaluation, citadas no relatório da DGS, apontam para mais de 12 mil óbitos em Portugal devido ao tabaco, incluindo a exposição passiva ao fumo.

Tabaco responsável por uma em cada cinco mortes

O relatório sublinha ainda que uma em cada cinco mortes ocorridas em pessoas com idades entre os 45 e os 64 anos são atribuíveis ao tabaco.

Entre as mortes ocorridas devido ao consumo de tabaco, mais de metade foram em consequência de cancro e doenças respiratórias.

No total, o consumo de tabaco foi responsável por 21% do total de mortes por cancro, 31% das mortes por doenças respiratórias, 9% de óbitos por doenças do aparelho circulatório, 2,5% das mortes por diabetes e 10% do total de óbitos por tuberculose.

No que respeita à perda de anos de vida saudável devido ao tabaco, nos homens esta situação é provocada principalmente pelas neoplasias, seguidas das doenças do aparelho circulatório e as respiratórias crónicas.

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Entre as mulheres, verifica-se que em primeiro lugar, na perda de anos de vida saudável, estão as doenças do aparelho circulatório, seguidas das respiratórias crónicas e só então as neoplasias.

No entanto, é em particular no sexo masculino que ocorre maior perda de anos vividos com saúde.

O relatório aponta ainda para a estimativa de 400 mortes por exposição ao fumo ambiental, em 2013, embora refira que este tipo de mortalidade “registou uma descida assinalável nos últimos anos”.

Ainda assim, em 2014, 8,6% da população com mais de 15 encontrava-se exposta diariamente ao fumo ambiental do tabaco, principalmente nos espaços de lazer (38,3%), em casa (31%) e no local de trabalho (20,5%).

Em descida está também o consumo global do tabaco, que registou uma ligeira diminuição (de 20,9% para 20%) nos consumidores com mais de 15 anos, entre 2005/2006 e 2014.

A prevalência de consumidores diários baixou quase 2 pontos percentuais (de 18,7% para 16,8%) e a percentagem de ex-fumadores aumentou quase 6 pontos percentuais (de 16,1% para 21,7%).

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Discriminando por sexo os consumidores diários, o relatório revela que enquanto os homens estão a diminuir (de 27,5% para 23,5%), as mulheres estão a aumentar, ainda que ligeiramente (de 10,6% para 10,9%).

“Como nota menos positiva, a percentagem de pessoas que nunca fumaram diminuiu quase 5 pontos percentuais, de 62,9%, em 2005/2006, para 58,2% em 2014, o que traduz um aumento da experimentação do consumo”, sublinha o documento.

Este facto permite concluir que a redução na prevalência do consumo de tabaco foi conseguida sobretudo à custa do aumento do número de pessoas que deixaram de fumar.

A este propósito, o relatório revela que 92,1 por cento dos residentes em Portugal que deixaram de fumar fizeram-no sem qualquer apoio, enquanto 3,6% afirmaram ter recorrido a apoio médico ou a medicamentos.

O número de locais de consulta para apoio à cessação tabágica aumentou 10% entre 2013 e 2014, invertendo a tendência que se registava nos últimos anos.

Relativamente ao número de consultas realizadas para deixar de fumar, tem aumentado desde 2010, “com um crescimento assinalável em 2014”.

De acordo com o documento, o número de consultas subiu de 19.620 em 2010 para 22.358 em 2013, tendo depois dado um salto em 2014, para 26.008.

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