O secretário de Estado e Adjunto da Saúde admitiu esta sexta-feira que os hospitais poderão verificar o grau de incapacidade dos utentes que solicitem isenção de pagamento de taxas moderadoras, se as Juntas Médicas tiverem dificuldade em assegurar esta tarefa, noticia a Lusa.
A propósito das novas taxas moderadoras, que entram em vigor no domingo, e do novo modelo de isenção, os utentes com grau de incapacidade igual ou superior a 60 por cento estão isentos do seu pagamento, mas têm de obter um comprovativo através de um atestado a passar por uma Junta Médica.
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Questionado sobre a capacidade das Juntas Médicas para responderem a todas as solicitações, Fernando Leal da Costa admitiu que pode vir a ser admitido um modelo «mais expedito».
«As Juntas Médicas têm de ter capacidade de resposta, mais do que têm agora, mas se isso for um entrave, podemos abreviar a questão», disse, admitindo a hipótese dos serviços hospitalares passarem a verificar a incapacidade do utente.
Num encontro com os jornalistas sobre as novas taxas moderadoras, Fernando Leal da Costa disse esperar que a totalidade das isenções possa chegar aos 70 por cento da população portuguesa.
Sobre os aumentos das taxas moderadoras, cujos novos valores entram em vigor no domingo, o secretário de Estado disse que o Governo podia ter aumentado este valor até aos 33 por cento do valor de um ato nos centros de saúde e hospitais, mas optou por não atingir esse máximo.
O governante sublinhou a importância do sistema conseguir efectivamente cobrar as taxas moderadoras, o que não acontece em 60 por cento das unidades de saúde.
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