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Madeira: palavras contra MP dão queixa

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Deputados madeirenses acusaram procurador que arquivou inquérito às consequências do temporal de ligações a jardim

O PSD-Madeira anunciou que vai enviar para o Ministério Público as «graves» acusações proferidas esta quarta-feira por deputados no parlamento madeirense ao Procurador na Região que arquivou o inquérito às consequências do temporal de 20 de Fevereiro, escreve a Lusa.

A posição da bancada social-democrata da Assembleia Legislativa da Madeira foi anunciada pelo deputado Coito Pita, na sessão plenária de hoje, na sequência de discussão de um voto de protesto apresentado pelo Bloco de Esquerda (BE) pelo arquivamento do referido inquérito, o que originou uma série de acusações ao magistrado do MP na região, Gonçalves Pereira.

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Leonel Nunes (PCP) afirmou estar envergonhado «de viver numa terra onde alguém, com responsabilidades no MP, tem a cobardia de fazer o que o senhor Coordenador do MP na Região Autónoma da Madeira fez», optando por arquivar a investigação.

Também o deputado Lopes da Fonseca (CDS) criticou a atitude do MP e acusou a estrutura de não poder ter um coordenador que se põe «a andar da região e diz que não tem culpa só porque foi a uma jantarada, na despedida, com o Alberto João».

Estas acusações, entre outras, levaram o deputado social-democrata, Coito Pita, a solicitar a sua transcrição para remeter às autoridades competentes.

«As afirmações aqui produzidas, que eu considero de uma extrema gravidade e que violam o princípio da separação de poderes ¿ mais grave ainda ¿ com imputações ao senhor Procurador e ao senhor presidente do Governo Regional, de que há ligações estranhas, nomeadamente jantares e telefonemas, como aqui foi proferido sejam, depois de transcritas, remetidas para a Procuradoria-Geral da República, para os devidos efeitos», argumentou.

Recentemente, o coordenador do MP, Gonçalves Pereira, justificou o arquivamento do inquérito às 48 mortes durante o temporal de 20 de Fevereiro de 2010, alegando que «durante a investigação não foram recolhidos indícios do cometimento de qualquer ilícito criminal, de natureza pública, razão pela qual não determinou a extracção de qualquer certidão para procedimento criminal».

O temporal de 20 de Fevereiro causou 48 mortes e sete desaparecidos, cerca de 600 desalojados e 1080 milhões de euros de prejuízos.

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