As corridas com touros de morte regressam a Barrancos, como é habitual todos os anos, nas tradicionais festas de Agosto, que arrancam quinta-feira e se prolongam até domingo, levando milhares de visitantes à «fera» da vila alentejana.
As festas, em honra de Nossa Senhora da Conceição, padroeira daquela vila do distrito de Beja, situada na raia com a Andaluzia espanhola, começam com as celebrações religiosas, quinta-feira, mas o auge da «fera» (feira) acontece nos três dias seguintes, com as corridas de touros.
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O presidente da Câmara Municipal de Barrancos, António Tereno, garantiu hoje à agência Lusa que «já está quase tudo preparado» para acolher os visitantes.
«Estamos a ultimar os preparativos dos tabuados e da arena [da improvisada praça de touros no centro da vila], assim como dos palcos e da iluminação. Deverá ficar tudo pronto logo na quarta-feira», assegurou o autarca.
Como, este ano, dois dias dos festejos coincidem com o fim-de-semana, António Tereno afiançou que, além dos «muitos barranquenhos que moram longe» e regressam à vila onde nasceram para as festas, são esperados também «milhares de visitantes» de outros pontos do Alentejo e do país.
Barrancos conta com um regime de excepção desde 2002, que permitiu a legalização das tradicionais touradas de morte locais, contestadas, anteriormente, pelas associações de defesa dos animais por, em Portugal, os touros de morte serem proibidos.
Mesmo sem esperar as «enchentes» dos tempos da polémica (as festas chegaram a ter mais de 30 mil visitantes em 1999), o presidente do município prometeu que, como sempre, as três touradas de morte vão ter «praça cheia».
Além disso, como a «assistência médica regular é deficitária» em Barrancos, que conta apenas com «médico dia sim, dia não», segundo o autarca, o município contratou uma equipa médica para os dias das festas, de forma a garantir «cuidados de saúde em condições para toda a gente».
«Esperamos que não aconteça nada, mas estamos prevenidos. Temos o médico local ao fim-de-semana, mas a Administração Regional de Saúde do Alentejo não acorre a todos os fogos e contratámos mais um médico e enfermeiro para que haja atendimento nos quatro dias», disse.
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