A quantidade de cocaína e heroína apreendida em 2007 pelo conjunto das forças policiais «diminuiu substancialmente» relativamente a 2006, mas em contrapartida a de haxixe aumentou mais de 400 por cento, revela um relatório divulgado esta quinta-feira.
Segundo os dados oficiais da Polícia Judiciária (PJ), a quantidade de heroína apreendida pelas forças policiais desceu de 144,295 quilos para 61,462 (menos 57,40 por cento) e a de cocaína de 34.477,479 quilos para 7.362,163 (menos 78,65 por cento).
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Em contrapartida, a quantidade de haxixe capturado aumentou em 2007, face ao ano anterior, de 8.458,435 para 43.691,855 quilos, o que significa um aumento de 416,55 por cento.
O documento sobre o «Combate ao tráfico de estupefacientes em Portugal» foi divulgado hoje pelo responsável da Direcção Central de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE), Manuel Gonçalves, numa conferência de imprensa conjunta, em Lisboa, com representantes da GNR, PSP, Polícia Marítima, Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
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O responsável pela DCITE justificou a quebra nas apreensões de heroína e cocaína com o aumento da eficácia e colaboração entre os órgãos de polícia criminal (OPC) nacionais e estrangeiros, mas também com alteração de rotas por parte dos traficantes para introdução de droga na União Europeia (UE).
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O aumento da quantidade de haxixe poderá ter a ver, segundo o mesmo responsável, com a proximidade geográfica em relação a Marrocos, o maior produtor mundial desta droga, mas também com o facto de esta ser o estupefaciente mais consumido na UE, entre a população dos 14 aos 64 anos.
O responsável pela DCITE negou que as convulsões internas registadas o ano passado naquela Direcção, com a detenção de uma coordenadora de investigação por alegado desvio de dinheiro e a demissão do então director, José Brás, tenham contribuído para estas diminuições, relacionando-as mais com «factores externos».
A maior quantidade de heroína, cocaína e haxixe apreendidos em 2007 foi da responsabilidade da Judiciária, com, respectivamente, 30.869 quilos, 6.760,720 e 32.282,773 quilos.
Em contrapartida, o maior número de apreensões coube à PSP e GNR, ditado pela sua vocação de forças policiais de proximidade.
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