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Portugueses foram à China e ao Paquistão comprar rins

Relatos de «dois ou três casos» chegaram à Sociedade Portuguesa de Transplantação. «É uma situação extremamente preocupante», dizem responsáveis

Nos últimos cinco anos, houve portugueses que foram fazer transplantes de rins à China e ao Paquistão e pagaram pelos órgãos. A situação preocupa a Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT).

«Há casos de portugueses transplantados no Paquistão e na China, nos últimos cinco anos. Paragam pelos órgãos e pelo procedimento todo. É uma atividade ilícita», admite ao «Diário de Notícias» (DN) Fernando Macário, presidente da SPT, onde chegaram relatos de «dois ou três casos de compra de rins».

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«É uma situação extremamente preocupante. São transplantes muitas vezes sem condições e os doentes às vezes ficam piores do que quando estavam a fazer diálise», acrescenta.

De acordo com a notícia avançada esta sexta-feira pelo DN, em Portugal, não há registo de casos de tráfico de órgãos, nem de qualquer situação suspeita. Mas em Espanha, a polícia prendeu esta semana cinco homens no primeiro caso de suspeita de compra de órgãos no país.

Fernando Macário assegura que em Portugal o controlo é muito apertado. Só hospitais públicos estão autorizados a fazer transplantes. «Já houve casos de dadores recusados, não por oferta de dinheiro, mas porque se sentiu que estavam a ser pressionados psicologicamente. Eram casos de familiares diretos», revela.

Há mesmo hospitais que, além de entrevistas aos dadores, fazem também entrevistas aos recetores. Em Portugal, existem três centros que fazem transplantes hepáticos e sete para transplantes renais, os dois órgãos em que se recorre a dadores vivos.

O turismo de transplante vai ser um dos temas em debate no Congresso de Nefrologia que se realiza em abril.

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