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Crianças: 19 acidentes e 200 vítimas

Condutor dos transportes escolares também é responsável pela vigilância dos menores. Nova lei foi anunciada várias vezes, mas nunca saiu do papel. Agora «é ver para crer»

Dezanove acidentes envolvendo transportes de crianças fizeram 200 vítimas: oito mortos e 192 feridos, dos quais 15 com gravidade. Os dados reportam-se ao período entre Outubro de 98 e Junho de 2000 e resultaram de uma recolha de imprensa efectuada pela Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI).

Travagens bruscas, despistes e colisões fizeram vítimas de palmo e meio. Os acidentes descritos no site da APSI revelam situações como as de crianças a viajarem de pé em autocarros sobrelotados, menores projectados contra os vidros ou crianças atropeladas à entrada ou saída do veículo.

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As novas regras sobre o transporte colectivo de menores já foram anunciadas, mas ainda não estão aprovadas, muito menos em vigor, pelo que a presidente da Associação, Helena Meneses, quer «ver primeiro para crer».

«Desde 99 que ouço os diversos governos anunciarem projectos-lei (sobre o transporte de crianças) que depois nunca são aprovados», justifica, em declarações ao PortugalDiário, a responsável.

Helena Meneses sublinha o insólito de a lei actual permitir que o motorista seja ao mesmo tempo responsável pela condução e pela vigilância dos menores.

A concretizarem-se as medidas enunciadas no projecto-lei, a que o «Diário de Notícias» faz referência na edição da última sexta-feira, então a presidente não duvida de que «será dado um grande passo pela segurança das crianças».

Motoristas certificados pela Direcção Geral de Transportes Terrestres, presença obrigatória de uma ou duas vigilantes, consoante sejam transportadas mais ou menos de 30 crianças, cintos de segurança em todos os lugares, acompanhamento dos menores no atravessamentos de vias e tomada e largada de passageiros em vias sinalizadas são algumas das novidades introduzidas.

A responsável da APSI lembra o esforço que esta associação tem feito no sentido de melhorar a segurança no transporte de crianças. «Desde o ano 2000, a APSI já formou mais de 300 motoristas». Os pedidos partem sobretudo de instituições, como sejam câmaras municipais, colégios privados e instituições privadas de solidariedade social.

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