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Morreu depois de se ter envolvido com militar em rixa

O desentendimento aconteceu em Torres Vedras: Guarda da GNR não levou homem ao hospital, mas sim a casa

O Ministério Público de Torres Vedras vai abrir um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de um homem durante uma rixa ocorrida numa festa popular, e que envolveu um militar da GNR, informou fonte daquela corporação.

O homem, de 41 anos de idade e residente em Monte Redondo, no concelho de Torres Vedras, morreu na segunda-feira, no hospital de Santa Maria, em Lisboa, para onde tinha sido transportado na noite anterior, na sequência de agressões sofridas durante uma rixa, acrescentou a mesma fonte da GNR.

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O desentendimento, envolvendo um militar da GNR que não se encontrava de serviço, aconteceu na madrugada de domingo para segunda-feira, na festa popular da vizinha localidade de Maxial.

A vítima, Júlio Lopes, «ficou bastante maltratado mas não foi logo assistido o que está a causar grande indignação e revolta entre a população», confirmou à agência Lusa o presidente da junta de Monte Redondo, Mário Matias.

De acordo com os relatos feitos ao autarca, «as pessoas não compreendem porque é que não foram chamados os bombeiros, cujo quartel é a cerca de 200 metros da festa», tendo alegadamente o militar envolvido «transportado a vítima, que já não reagia, à porta de casa [a cerca de cinco quilómetros]».

O homem só terá sido assistido depois de o senhorio da casa onde vivia ter ligado para os bombeiros, acabando por entrar em coma e morrer no hospital de Santa Maria.

«Se os bombeiros tivessem sido logo acionados talvez o desfecho tivesse sido outro e isso está a revoltar as pessoas que querem que se faça justiça, porque não há briga que justifique uma morte», lamentou o autarca.

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Contactado pela Lusa, o comando nacional da GNR confirmou o envolvimento de um militar do Destacamento de Trânsito de Torres Vedras neste caso, salientando «que se encontrava de folga» e que o assunto «já foi comunicado ao Tribunal para ser investigado».

Segundo o gabinete de relações públicas da GNR, o militar «irá comunicar ao tribunal qual foi a sua participação no caso» e a GNR «aguardará o desfecho do inquérito».

A Lusa procurou obter mais esclarecimentos acerca deste processo junto do Ministério Público de Torres Vedras, mas tal não foi possível.

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