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Casa Pia: Hugo Marçal ia incriminar os outros arguidos?

Defesa de Carlos Silvino diz que sim. Advogado de Elvas nega

A defesa de Carlos Silvino no processo de pedofilia da Casa Pia afirmou, esta terça-feira, que o arguido Hugo Marçal teria manifestado intenção de «incriminar os outros arguidos», algo que o próprio considerou «uma barbaridade absoluta», resume a Lusa.

José Maria Martins, advogado do ex-motorista da Casa Pia e principal arguido no julgamento, afirmou que Hugo Marçal (advogado que representou Carlos Silvino antes de ser também implicado no processo) pediu à Ordem dos Advogados que o libertasse do dever de sigilo profissional para alegadamente «prestar declarações incriminando os outros arguidos», mas o Conselho Distrital de Évora da Ordem tê-lo-ia impedido.

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À saída do Tribunal de Monsanto, Hugo Marçal garantiu que a insinuação de Martins é «uma barbaridade absoluta», depois de ter pedido a palavra ao colectivo de juízes para declarar na audiência de julgamento que nas conversas que teve com Carlos Silvino, quando era seu advogado, este «nunca falou de nenhuma pessoa, excepto Manuel Abrantes [ex-provedor-adjunto da Casa Pia e também arguido], num âmbito que não tem nada a ver com abusos sexuais».

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«De uma das vezes, perguntei-lhe se havia mais pessoas implicadas ou mais alguma coisa, mas ele disse que não havia», garantiu Hugo Marçal, afirmando que pediu a suspensão do sigilo profissional na altura em que foi constituído arguido, sem conseguir precisar a data.

«No requerimento, não mencionei o nome de ninguém, fi-lo no âmbito da minha defesa, quando fui constituído arguido e posto de forma atroz e cruel num processo ao qual não pertencia», reforçou.

A juíza presidente do colectivo, Ana Peres, decidiu interromper a audiência até o tribunal conseguir obter o requerimento de Hugo Marçal à Ordem dos Advogados, pelo que o arguido voltará a prestar declarações no próximo dia 13.

José Maria Martins voltou a atacar a Ordem dos Advogados, afirmando que «não pode prejudicar os fins da administração da Justiça» e requereu que o tribunal pedisse cópia do pedido de Marçal, em que este teria alegadamente «revelado que queria falar da responsabilidade dos co-arguidos».

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