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«Actuação de forças de segurança diminuiu criminalidade»

Presidente do OSCOT realça contudo que taxa de criminalidade apresenta «um nível relativamente alto» para os padrões nacionais

O presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo associou esta quinta-feira a «contenção» registada na taxa de criminalidade de 2009 a uma «melhor actuação» das forças de segurança e ao recurso a «instrumentos eficazes», escreve a Lusa.

«Penso que isso se deve, em grande parte, a uma maior eficácia das forças policiais, particularmente no que diz respeito à prevenção, operações stop, rusgas e identificações. São instrumentos muito eficazes», declarou o presidente José Manuel Anes.

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Na quarta-feira, o ministro da Administração Interna divulgou alguns dados do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), os quais indicam uma diminuição da criminalidade grave e violenta na ordem dos 0,6 por cento face ao ano de 2008, assim como uma quebra no crime participado em cerca de 1,2 por cento.

«Acho positivo não ter aumentado significativamente o número de crimes», afirmou o presidente do Observatório, elogiando a «rápida resposta» das forças de segurança.

«Verificou-se uma mais rápida resposta, que levou a algumas detenções relativamente a assaltos violentos. Isso tudo conjugado permite essa contenção», acrescentou, sublinhando que a taxa de criminalidade, ainda assim, apresenta «um nível relativamente alto» para os padrões nacionais.

«Mas a nível europeu é baixo, sem dúvida alguma. E o que queremos é que esse fenómeno diminua de forma significativa», concluiu José Manuel Anes.

Tendência da criminalidade é aumentar

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia alertou que o crime grave tende a aumentar e que o combate exige mais investimento em recursos humanos e partilha de informações entre as forças de segurança.

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Paulo Rodrigues salientou ser «curioso» que, «pela primeira vez», se tenham apresentado «alguns números» do RASI que «referem alguma tendência de decréscimo em relação aos anos anteriores», antes da divulgação do documento.

«Há vontade de dizer que há um decréscimo na criminalidade mais violenta», ironizou Paulo Rodrigues, lembrando que os números agora apresentados podem ser «uma tendência em 2009 e o seu contrário em 2010».

Para o presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, embora Portugal possa ser considerado, «por enquanto, um país seguro», a tendência da «criminalidade organizada e violenta é aumentar».

A diminuição da criminalidade violenta e grave indicada no RASI é «importante mas insignificante no seu contexto», sendo necessária a definição de «uma política de segurança a longo prazo e não a curto, como habitualmente».

Esta política deve passar por uma partilha de informações entre as várias forças de segurança, não só a nível nacional, com «cada vez mais rigor e celeridade e apostar muito mais nos recursos humanos», referiu.

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