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Carrosséis: mais oito dias de protesto

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Empresas de Diversão «pediram» ao Governo Civil manifestações, em Lisboa, durante uma semana

Artigo actualizado às 13h55

A Associação Portuguesa das Empresas de Diversão informou, esta segunda-feira, o Governador Civil que se vai manifestar diariamente, durante oito dias, em frente ao Ministério da Economia, de modo a demonstrar a indignação dos profissionais, informa a Lusa.

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Foi pedida autorização para manifestações, concentrações e desfiles de 3 a 10 de Fevereiro. Um desfile terá início pelas 14:00, partindo da Avenida da República e terminando na Praça do Comércio, assim como uma manifestação diária com saída do Parque Expo pelas 19:30.

Cinco elementos da Associação ainda aguardam à porta do Ministério da Economia, para serem recebidos pelo secretário de Estado do Comércio e Defesa do Consumidor.

Mais de cem camiões

Mais de cem camiões de empresários de diversão estão estacionados nos terrenos do Parque Tejo, junto ao Trancão, e os proprietários garantem que agora têm tudo para ficar na capital, até que as suas reivindicações sejam atendidas.

«Agora, com as roulottes, já temos tudo, já podemos dormir à vontade. Só sairemos daqui quando isto estiver resolvido. Alguns já aqui dormem há cinco noites», disse à Lusa Lusa Manuel Azevedo, proprietário de equipamentos de diversão da zona de Bragança.

Os empresários exigem legislação própria para os equipamentos de diversão antigos, que são a maioria dos que funcionam actualmente e queixam-se que as exigências agora feitas para obter certificado de funcionamento são impossíveis de cumprir.

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«Com estas regras, nenhum vai poder funcionar. Ninguém vai conseguir certificado e as feiras não vão trabalhar no Verão», queixou-se Manuel Azevedo, contando que ele próprio tem uma licença de quatro meses atribuída desde Novembro e que no mês passado lhe foi imposto o fecho dos equipamentos.

«Não houve soluções, estamos fartos de aldrabões» ou «Salazar volta, estás perdoado», são algumas das frases escritas em panos brancos e presas na frente dos camiões estacionados junto ao rio.

Legislação comunitária

Os empresários dizem ainda que a maior parte dos equipamentos de diversão a funcionar no país são fabricados em países como Itália, França ou Espanha, onde de acordo com a legislação comunitária podem «continuar a funcionar tal como saem da fábrica».

«Em Itália estão bons para funcionar e aqui não, Porque é que nós somos diferentes?», questionou um dos empresários, realçando: «Nós trabalhamos no verão para comer no inverno, mas mesmo nesses seis meses de inverno em que não trabalhamos temos de ter as nossas contas em dia».

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Os empresários pretendem almoçar nas roulottes junto ao Trancão e depois seguir para o Marquês de Pombal, no centro de Lisboa.

Pedido será apreciado

Entretanto, o Governo Civil de Lisboa explicou que vai apreciar o pedido dos empresários do sector do lazer que pretendem realizar manifestações, concentrações e desfiles, atendendo ao «impacto negativo» que estas iniciativas têm, afirmou António Galamba, que espera ter uma resposta até ao final de hoje ou no início da manhã de terça feira.

O governador civil salientou ser «inequívoco que os impactos negativos que se têm verificado nos últimos dias na vida dos cidadãos de Lisboa devem suscitar uma devida ponderação na apreciação deste pedido porque manifestamente este tipo de desfile já nada tem a ver com a expressão de uma posição de uma entidade. Tem a ver com o objetivo claro de provocar impactos negativos na vida dos cidadãos e no normal funcionamento de instituições, empresas e entidades» do distrito de Lisboa.

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