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Criada rede social para denunciar abusos aos direitos humanos

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Tyrannybook foi criado peça Amnistia Internacional para denunciar violações em várias partes do mundo

A Amnistia Internacional (AI) criou uma rede social para «promover a denúncia de violações do direitos humanos em várias partes do mundo», revelou Pedro Krupenski, director executivo da delegação portuguesa da organização.

O Tyrannybook (livro da tirania) - uma iniciativa da Amnistia Internacional, em parceria com a empresa publicitária e de gestão de marcas Leo Burnett Ibéria - pretende que os utilizadores sigam os tiranos, actualizando-se acerca das suas faltas e atrocidades.

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«A Amnistia tem por objectivo estratégico criar um movimento global de direitos humanos e, como tal, temos de estar na crista da onda no que diz respeito a tecnologias e tínhamos de entrar neste fenómeno das redes sociais. Daí criarmos o Tyrannybook, que tem muitas semelhanças com o Facebook», explicou à agência Lusa.

Numa primeira fase, são dez os perfis dos tiranos disponíveis em www.tyrannybook.com: Robert Mugabe (Zimbabué), Omar al-Bashir (Sudão), Kim Jong-il (Coreia do Norte), Than Shwe (Birmânia), Hu Jintao (China), Mahmud Ahmadinejad (Irão), Thomas Lubanga Dyilo (República Democrática do Congo), Radovan Karadzic (Sérvia), Alexander Lukashenko (Bielorrússia) e Ramzan Kadyrov (Chechénia).

«Para já temos apenas dez líderes que são conhecidos violadores dos direitos humanos e convidamos todos os participantes - e isto não envolve apenas portugueses, envolve também pessoas de outros países - a seguirem um ou mais à sua escolha», desafiou o director executivo da Amnistia Internacional Portugal.

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O livro da denúncia dos tiranos

Segundo Pedro Krupenski, o objectivo é que os membros da rede social «vão dando conhecimento das violações que testemunharam ou de que tiveram conhecimento, directamente ou por interposta pessoa, contribuindo para esta luta com a denúncia dessas situações que vão ocorrendo aqui e acolá à porta fechada».

«Havendo uma rede digital onde toda a gente poderá denunciar as coisas que vai vendo, procuramos sensibilizar o maior número de pessoas para essas realidades, envergonhar aqueles que são responsáveis por essas mesmas violações e, a longo prazo, acabar com elas», esclareceu.

Para o responsável, «não importa se a violação dos direitos humanos tem lugar em países tão distantes quanto a Líbia ou a Chechénia», pois é «tão grave uma violação acontecer à nossa porta como num país longínquo».

«Violar os direitos humanos de uma pessoa é violar os direitos humanos de todos e, sendo todos parte do problema, também somos todos parte da sua resolução», frisou.

Disponibilizados pela Amnistia, os perfis dos tiranos são actualizados quer pela própria organização, quer pelos utilizadores, mediante o avançar ou recuar da situação dos países que aquelas lideram ou lideraram.

Caberá a cada utilizador decidir que líderes mais lhe interessa vigiar, sendo que no Tyrannybook todas as suas acções são reportadas e terão uma ligação directa para o site oficial da Amnistia Internacional Portugal.

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