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Defesa: encerramento da NATO em Oeiras é «mera efabulação»

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Santos Silva garantiu que Portugal vai defender a manutenção do comando

O ministro da Defesa disse à Lusa, esta sexta-feira, em Bruxelas, que o eventual encerramento do comando da NATO em Oeiras «neste momento é uma mera efabulação» e garantiu que Portugal defenderá a sua manutenção.

Augusto Santos Silva falava no final de uma reunião de ministros da Defesa da NATO, onde os Aliados discutiram planos de cortes das estruturas da Aliança Atlântica, que contemplam a redução do número de instalações militares, agências e comités da organização.

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Sublinhando que, neste momento, decorrem apenas estudos com vista a essa reforma, o ministro da Defesa apontou que, para já, não há quaisquer considerações de natureza geográfica, não tendo sido por isso equacionado o eventual encerramento do Comando de Forças Conjuntas de Oeiras.

«Neste momento, não passa de mera efabulação qualquer consideração de natureza geográfica, pelo contrário, já que uma das condições colocadas pelo secretário-geral (Anders Fogh Rasmussen) e aceite unanimemente pelos ministros é que os estudos se realizem sem qualquer consideração de natureza geográfica», assinalou.

O ministro acrescentou que, na véspera, o secretário-geral apresentou dois primeiros modelos preliminares para essa reforma, tendo sido decidido desenvolver trabalhos em torno do segundo modelo, «que prevê três Comandos de segundo nível», como é o caso do Comando de Oeiras.

Questionado sobre a posição a adoptar pelo Governo português quando chegar o momento em que tiver de se decidir quais as instalações a encerrar, Santos Silva assegurou que «Portugal defenderá a manutenção (do Comando), e não apenas por um mero interesse nacional, visto que o comando de Oeiras tem características únicas no conjunto de comandos de segundo nível da NATO, que são características que o aproximam do que há-de ser um paradigma de uma futura organização da Aliança».

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Entre essas características, apontou «a flexibilidade na organização, um muito forte apoio por parte da nação de acolhimento, neste caso Portugal, e também a capacidade que o comando de Oeiras dá de proporcionar uma ligação que nos parece essencial da Aliança Atlântica também com o sul».

E os submarinos?

Santos Silva escusou-se a revelar a data da chegada do primeiro dos dois submarinos comprados por Portugal à Alemanha, o «Tridente», limitando-se a indicar que «iniciou-se o processo de recepção provisória».

«Concluiu-se mais uma fase, realizaram-se os últimos testes de mar, e portanto iniciou-se o processo de recepção provisória», limitou-se a dizer, justificando a escusa em aprofundar a questão por se encontrar «em Bruxelas, numa reunião da NATO».

Quarta-feira, fonte oficial do ministério da Defesa disse à Lusa que a equipa de militares da Armada que acompanhou os testes de mar do submarino, que depende directamente do ministro Augusto Santos Silva, comunicou na terça-feira à tutela que este processo foi concluído «com sucesso», cabendo agora ao ministério apontar uma data para a sua recepção provisória em território nacional.

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