A proprietária do prédio portuense ocupado clandestinamente na Rua dos Caldeireiros, onde morreu na noite de domingo um bombeiro que combatia o incêndio, já tinha sido notificada pela câmara para que encerrasse o edifício.
«A proprietária já tinha sido notificada para a realização de obras e para impedir o acesso ao edifício», apontou o segundo comandante dos Bombeiros Sapadores do Porto, Pais Rodrigues, à agência Lusa.
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Conforme explicou Pais Rodrigues, a «câmara não se pode substituir ao proprietário», afirmou o segundo comandante da corporação, explicando, no entanto, que no caso de risco de derrocada ou de falta de segurança a autarquia intervém.
Contudo, ainda que o edifício estivesse «identificado há muito tempo» ocupado clandestinamente, não oferecia perigo físico.
Também o presidente da Junta de Freguesia, António Oliveira, garantiu à Agência Lusa que foi enviado um ofício à proprietária -há dois meses- a alertá-la para esta situação.
«A resposta que obtivemos foi que a proprietária ia entregar o caso ao advogado. Mais nada», garantido ainda que os moradores estão «revoltados» por saber que a proprietária e Câmara do Porto têm conhecimento da situação e não estarem a tomar as medidas necessárias, como «vedar» o edifício.
O incêndio num prédio na Rua dos Caldeireiros, na baixa portuense, vitimou na noite de domingo um chefe dos Sapadores do Porto, de 52 anos, durante o combate às chamas.
As causas da origem do incêndio são ainda desconhecidas, estando as autoridades policiais a realizar o inquérito necessário para apurar as mesmas.
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