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Exploração infantil no ecrã da televisão

Abusos a nível de trabalho ocorrem com o prolongamento dos horários

Telenovelas ou spots publicitários. As cenas não estão bem feitas, repetem-se. Repetem-se uma, duas, três vezes, prolongando os horários das muitas crianças e jovens que sonham em ser estrelas de televisão.

A sociedade aplaude os jovens, mas não é crítica. Por trás das actuações que o público aplaude, estão jovens que trabalham horas e horas a mais e cujo descanso não é respeitado. Esta é uma realidade que a Confederação Nacional de Acção sobre Trabalho Infantil (CNASTI) denuncia quando se aproxima o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, que se assinala esta sexta-feira.

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A vice-presidente da CNASTI, Ana Maria Mesquita, falou ao tvi24.pt desta realidade que é, apesar tudo, «incomparavelmente melhor» à dos anos 90. Ainda assim, existem outros casos de trabalho infantil, mas no âmbito da «agricultura familiar», conta.

«A sociedade vê isto com bons olhos», lamenta Ana Maria Mesquita, em relação ao trabalho das crianças na televisão.

A solução está no cumprimento da legislação, que «nem sempre é respeitada», e na inspecção. «A inspecção de trabalho tem de estar muito atenta à produção de telenovelas», alerta a responsável.

O papel dos pais é também fundamental. «Os pais fazem de tudo para que os filhos sejam escolhidos», afirma. «Os pais devem ser os primeiros vigilantes do trabalho dos seus filhos», acrescenta.

Ana Maria Mesquita alertou ainda para as consequências que o excesso de horas trabalho pode ter para as crianças que acabam por ver prejudicada a sua vida escolar. «A escola é também importante e tem-no sido», salienta a vice-presidente. A responsável contou ao tvi24.pt que há uma preocupação dos professores «em fazer ver às crianças e aos pais as consequências deste trabalho».

Quanto ao pagamento, não há muitas informações. A vice-presidente revela que os pais não dizem quanto ganham os filhos.

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