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Faro: hotel onde foi morto rececionista não tem videovigilância

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Sem imagens, será mais difícil identificar os suspeitos

O hotel em Faro onde foi morto o rececionista não tem câmaras de vigilância com sistema de gravação de imagens, o que pode dificultar a identificação dos suspeitos, disse à agência Lusa o sócio gerente da unidade.

Apesar de a unidade estar com lotação completa, devido à realização do Rali de Portugal, não houve testemunhas do crime, que terá ocorrido entre as 06:00 e as 06:45, estimou António Ferrinho, que disse suspeitar que os criminosos conheciam as rotinas do hotel.

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Segundo aquele responsável, a unidade dispõe de duas câmaras no interior, uma junto à porta e outra próxima da sala de refeições, que serviam apenas para visualizar as entradas e saídas num monitor, mas que costumam estar desligadas.

O octogenário foi encontrado morto no quarto para pessoas com mobilidade reduzida do Hotel Afonso III, situado junto à receção, ao início da manhã de domingo, na sequência de um assalto que terá rendido apenas cerca de 100 euros.

António Ferrinho acredita que os criminosos conheciam o circuito de entrega do pão e as rotinas do hotel, admitindo que o facto de a unidade estar cheia os possa ter levado a pensar que havia muito dinheiro no cofre, que foi levado pelos assaltantes.

Aquele responsável contou à Lusa que o pão fresco do dia foi entregue às 06:00, hora a partir da qual a porta da unidade ficou aberta, tendo a funcionária que deveria dar apoio aos pequenos-almoços entrado ao serviço às 06:45.

A funcionária deu pela falta do rececionista e procurou-o pelo hotel, tendo-se deparado com uma poça de sangue na antecâmara da receção e corrido para a rua a pedir ajuda, contou o sócio gerente do hotel.

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«Deve ter sido tudo muito rápido, agrediram-no e meteram-no no quarto», referiu, acrescentando que o rececionista deve tê-los surpreendido e poderá ter-lhes feito frente, uma vez que era uma pessoa destemida.

A causa da morte do funcionário ainda não é conhecida, mas António Ferrinho suspeita que tenha sido provocada por uma pancada na cabeça, uma vez que, segundo os socorristas que estiveram no local, o homem apresentava uma ferida junto à testa.

O octogenário normalmente fechava a porta do hotel à 01:00 e cerca das 02:00 fazia o fecho das diárias, para saber o total do dia, explicou, acrescentando que o seu serviço era verificar quem eram os clientes que estavam fora.

O responsável pela unidade hoteleira adiantou à Lusa que já tinha ponderado colocar uma câmara de vigilância no exterior do hotel, mas que foi demovido dessa intenção pela burocracia inerente e as autorizações necessárias.

Apesar de já estar reformado, o octogenário e ex-jogador de basquetebol do Farense insistia em continuar a trabalhar, também porque os descontos que fazia lhe atualizavam anualmente o valor da reforma, explicou.

A unidade, situada no centro de Faro e com 41 quartos, era uma antiga residencial, fundada em 1983, e que há dois anos foi reconvertida num hotel de duas estrelas.

A agência Lusa tentou obter desenvolvimentos sobre o caso junto da Polícia Judiciária, que se escusou a fazer comentários e se limitou a informar que está sob investigação.

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