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Governo faz «balanço extremamente positivo» de acidentes com comboios

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Refer adianta que a maior parte dos acidentes se devem a «transgressão, imprudência e incumprimento da sinalização»

O secretário de Estado dos Transportes fez esta terça-feira um «balanço extremamente positivo» dos números da Refer (Rede Ferroviária Nacional) sobre acidentes nas passagens de nível, que apontam para uma redução em dois terços, num período de dez anos, do número de acidentes.

Campanha para reduzir número de acidentes em passagens de nível

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Carlos Correia da Fonseca refere, contudo, que há ainda «muito trabalho a fazer» neste campo, sendo necessário reforçar a sensibilização pública e «formar e informar as pessoas» sobre os perigos inerentes às passagens de nível.

De acordo com dados da Refer (Rede Ferroviária Nacional), em 2009 registaram-se 17 mortos em passagens de nível em Portugal, escreve a Lusa.

Para Carlos Correia da Fonseca, a supressão de passagens de nível, apontada no estudo da Refer como a «melhor medida para a eliminação de risco» de acidente, poderá ser uma realidade num cenário «não muito longínquo», pese embora os «custos avultados» que envolve a operação, para mais num «estado actual» de contenção orçamental.

O responsável pela tutela dos transportes disse ainda que uma maior actuação a nível de coimas «poderá ser um caminho» na diminuição de acidentes, estando em estudo com o Ministério da Administração Interna a melhor forma de assegurar esse cenário.

Causas dos acidentes

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A Refer avançou que 95 por cento dos acidentes em passagens de nível se devem a «transgressão, imprudência e incumprimento da sinalização» por parte de peões e condutores.

Mesmo referindo que é «inegável» que a acção de «supressão e reclassificação de passagens de nível, encetada nos últimos anos, permitiu alcançar resultados positivos no que aos acidentes diz respeito», o facto de um «número considerável» dos acidentes se registar em passagens com protecção activa «impõe novas estratégias na abordagem ao problema».

«Os factos evidenciam que esta é uma questão que extravasa o domínio estritamente ferroviário, pondo em evidência a necessidade de se estabelecerem compromissos institucionais, do envolvimento de outros parceiros e de uma co-responsabilização da sociedade civil», refere o relatório.

Para o director geral de Planeamento e Estratégia da Refer, António Viana, o fenómeno dos acidentes faz parte da «realidade portuguesa, europeia, mundial», dependendo boa parte dos casos do «comportamento» desajustado das pessoas nas passagens de nível.

Assinala-se esta terça-feira em 45 países o «Dia Internacional para a Segurança em Passagens de Nível», que visa alertar para as consequências dos comportamentos imprudentes nestes atravessamentos, que vitima centenas de pessoas por ano em toda a Europa.

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