O Tribunal de Torres Vedras começou hoje a julgar, à porta fechada, um motorista de um autocarro acusado de abuso sexual de uma adolescente que transportava todos os dias entre a escola e a localidade onde residia.
O caso remonta a fevereiro de 2011, quando no concelho de Torres Vedras um motorista de uma empresa que faz serviço de transporte escolar, de 41 anos, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de abuso sexual de uma adolescente de 13 anos.
PUB
Fonte da PJ disse na altura à Agência Lusa que agressor e vítima mantiveram «várias vezes práticas de cariz sexual», descobertas pela escola depois de queixas de amigas da adolescente ao diretor de turma, que, por sua vez, as comunicou à direção do agrupamento e depois à PJ.
O arguido alegadamente aproveitava o fim da viagem de autocarro entre a escola e a localidade onde a aluna reside para manter as práticas sexuais com a menor.
O diretor do agrupamento de escolas, Mário Gomes, disse então à Lusa que o arguido e a esposa tinham demonstrado interesse em ser família de acolhimento da jovem, no âmbito de um outro processo da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.
O motorista foi detido na sequência das denúncias, quando se preparava para transportar outros alunos a casa, e aguarda julgamento sob a medida de coação de termo de identidade e residência.
Face às suspeitas, a empresa de transportes manteve o motorista a trabalhar, mas atribuiu-lhe outros trajetos de viagem.
O arguido, que não tem antecedentes criminais, poderá vir a ser condenado a uma pena de prisão que poderá chegar aos 10 anos.
PUB