O Movimento Democrático de Mulheres vai entregar, esta quinta-feira, uma carta ao Presidente da República, apelando a Cavaco Silva para que tenha uma «palavra de paz» na cimeira da NATO, cumprindo a Constituição, que «preconiza a dissolução de blocos político-militares».
Contactada pela agência Lusa, Regina Marques, dirigente do Movimento Democrático de Mulheres (MDM), afirmou que «o garante da Constituição é o Presidente da República», pelo que, «quer a Carta das Nações Unidas quer a Constituição obrigariam» a que Cavaco Silva, «face à cimeira da NATO, pudesse ter uma palavra de paz».
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«Nós temos uma Constituição da República que preconiza a dissolução dos blocos político-militares, que preconiza a igualdade e a soberania dos povos relativamente à sua independência. A militarização - também no artigo 7.º da Constituição - está condenada», recorda Regina Marques.
Por isso, um grupo de mulheres ligadas à arte, à cultura, à política, ao desporto, ao associativismo, ao sindicalismo e aos movimentos da paz vão manifestar esta tarde, junto à residência oficial do Presidente da República, a sua «veemente preocupação com os objectivos da cimeira da NATO e deste novo conceito estratégico, que visa o alargamento das razões para qualquer intervenção militar».
Em comunicado, citado pela Lusa, o MDM entende que a NATO «tem sido uma força sobretudo de agressão e não de defesa, tem sido uma força militar responsável pela criação e manutenção de vários palcos de guerra, com motivos que se têm revelado imponderados e onde os civis têm sido as maiores vítimas».
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