O ministro da Educação anunciou esta quinta-feira no Parlamento que será introduzida já no próximo ano uma prova de acesso à carreira docente, matéria contestada pelos sindicatos de professores sempre que foi tentada a sua concretização.
«Queremos os melhores professores a ensinar», justificou Nuno Crato.
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Os sindicatos de professores alegaram sempre que os candidatos à profissão são avaliados e diplomados quando fazem a sua formação superior, rejeitando a realização de uma prova posterior para poder aceder à carreira.
«Queremos que os que acedem à nobre profissão docente sejam os mais bem preparados», alegou o ministro, que pretende também alterar o processo de colocação de professores para um modelo mais eficiente que ainda não especificou.
Em 2012, está também nos planos da equipa da Educação concluir o trabalho de «reforço e autonomização» do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), responsável pelas estatísticas e elaboração dos exames.
No futuro, o ministério pretende igualmente continuar a encerrar escolas, mas «não necessariamente as que têm menos de 21 alunos», disse o ministro.
«Tudo isto é um processo que não é cego. É feito atendendo à especificidade local, às necessidades dos alunos e de reorganização da rede», declarou.
Sobre os cortes de financiamento no sector, veementemente criticados pela oposição, o ministro respondeu que havendo uma emergência nacional «é possível fazer mais com menos».
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