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Transplantes pediátricos: «Reactivação até ao fim de Março»

Bebé portuguesa de um ano aguarda, em Madrid, transplante de fígado para sobreviver, mas Governo garante que tudo está a ser feito

O secretário de Estado da Saúde, Fernando Leal Costa, garantiu esta quarta-feira que a reactivação de um centro de transplante hepático pediátrico irá ocorrer até «ao fim de Março».

«Nós esperamos que até ao fim de Março do ano que vem possamos ter a reactivação de um centro de transplantação hepática pediátrica, sendo certo que, só se justifica dada a casuística baixa do número de transplantes pediátricos em Portugal, cerca de 12, que eles sejam feitos num centro já com grande treino de cirurgia ou com uma grande prática de transplantação hepática também em adultos. Portanto, há possibilidade de reactivar o centro de Coimbra, da mesma forma consideramos a possibilidade de activar uma unidade no Porto e ou em Lisboa», disse na TVI24.

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Uma bebé portuguesa de um ano está em Madrid à espera de um fígado compatível, depois da falta de resposta em Portugal. Fernado Leal Costa assegurou, na «Edição das Sete» da TVI24, que «tudo está a ser feito para encontrar um dador compatível».

As declarações do secretário de Estado da Saúde surgiram depois de esta quarta-feira o Diário de Notícias ter noticiado que uma bebé portuguesa de um ano aguarda há três meses por um órgão compatível, um fígado, em Madrid e está internada nos cuidados intensivos.

Nos últimos dias, a bebé piorou e ao jornal a mãe revela que os médicos não acreditam que a menor aguente mais duas semanas sem um transplante.

Vítor Martins, da associação de pais e crianças transplantadas, disse ao DN, na sequência deste caso que, «todas estas situações mostram a urgência de voltarmos a ter transplantes em Portugal. No nosso país foram transplantadas 180 crianças e nenhuma morreu à espera».

O fecho do programa de transplantes pediátricos em Portugal levou à celebração de um protocolo com Espanha e já foram transferidas oito crianças. Já em Novembro, um bebé de dois anos morreu à espera de um órgão.

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