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Banco Alimentar dá alimentos a 3% da população

Todos os dias a ajuda chega à população de um dos vinte bancos alimentares contra a fome

Cerca de três por cento da população portuguesa tem, no seu prato, todos os dias, um alimento proveniente de um dos vinte bancos alimentares contra a fome, disse hoje à agência Lusa a presidente da instituição.

Na véspera de mais uma tradicional campanha de recolha de alimentos, à porta dos supermercados, Isabel Jonet adiantou que o Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) apoia diariamente 2.373 instituições de solidariedade social.

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São estas instituições que depois repartem os produtos por 373.024 pessoas, através de cabazes de alimentos ou de refeições confecionadas, servidas nas creches, nos «ateliers» de tempos livres e nos lares de idosos.

A presidente da Federação Portuguesa de Bens Alimentares explicou que a maioria dos produtos doados à instituição «teria como destino provável a destruição».

«Os produtos que os bancos alimentares entregam vêm destas grandes campanhas de recolha de alimentos [que representam 12% do total de produtos angariados], mas diariamente vêm de excedentes da indústria, da agricultura, das cadeias de distribuição, dos mercados, etc.», explicou.

Isabel Jonet frisou que são produtos «em bom estado, mas que seriam desperdiçados apenas por uma razão comercial», como, por exemplo, a imagem da marca ter mudado, os produtos estarem a chegar ao final do prazo de validade ou as latas estarem amolgadas.

«Há aqui todo um trabalho que permitiu distribuir, no ano passado, mais de 30 mil toneladas de alimentos, ou seja, uma entrega diária de 120 toneladas».

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Nas instalações do Banco Alimentar em Alcântara, em Lisboa, a azáfama já é grande para deixar o armazém preparado para receber os alimentos doados na 42.ª campanha da instituição, que conta com o apoio de 38.500 voluntários.

Este ano, o BACF teve um número recorde de pessoas inscritas antecipadamente como voluntárias, mas Isabel Jonet disse que, nas campanhas, é mais usual as pessoas aparecerem, porque «sabem que há sempre trabalho para elas».

«Uma campanha como a que vai acontecer no próximo fim de semana vai permitir recolher mais de 3.000 toneladas de alimentos e cada um dos bancos alimentares tem de preparar os armazéns para que os produtos sejam pesados à entrada, para saber quantos produtos foram doados, em cada supermercado», explicou.

Sobre as expectativas em relação à campanha, Isabel Jonet afirmou que, «inevitavelmente, a situação de abrandamento económico pode refletir-se na quantidade que é doada por cada pessoa», mas disse estar convicta de que haverá mais pessoas a doar.

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«Os portugueses são muito solidários quando confiam, e os portugueses sabem que a pobreza está cada vez mais perto de si», frisou.

«Quando fazemos estas campanhas nunca temos como objetivo bater recordes. O que queremos é mobilizar mais pessoas para que deem o máximo que podem, para ajudar quem mais precisa».

«Nas campanhas do Banco Alimentar não é preciso cada um dar muito, é preciso serem muitos a dar», disse.

Em 2011, foram recolhidos cerca de 30.251 toneladas de alimentos (com o valor estimado de 42,3 milhões de euros), num movimento médio de 121 toneladas por dia útil.

A par da campanha de recolha de alimentos em supermercados, o Banco Alimentar disponibiliza, até 09 de dezembro, a possibilidade de doar alimentos online em www.alimentestaideia.net, ou através de vales de alimentos disponíveis nas lojas.

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