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«É preciso formar mais os professores para a educação sexual»

Coordenadora do Centro de Aconselhamento e Orientação de Jovens do Porto considerou que «ainda há muito a fazer» em Portugal

A coordenadora do Centro de Aconselhamento e Orientação de Jovens (CAOJ) do Porto e professora da Universidade do Minho, Teresa Vilaça, considerou, esta sexta-feira, que «ainda há muito a fazer» em Portugal quanto à educação para a sexualidade nas escolas portuguesas, em especial dar formação aos professores.

Após o seminário «Investigação e Práticas em Educação em sexualidade», que decorreu na Fundação Manuel António da Mota, no Porto, esta sexta-feira, Teresa Vilaça afirmou, em declarações à agência Lusa, que: «Estamos praticamente no início».

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«A lei está bem construída, prevendo que o projeto educativo de cada turma contemple educação para a saúde, nomeadamente a educação para a sexualidade, mas falta dar formação aos professores», acrescentou.

«A vontade política já existe, mas é preciso organizar esforços. É importante que as universidades colaborem na formação de professores», salientou.

Enquanto coordenadora do CAOJ do Porto, que é um projeto da Fundação Portuguesa «A Comunidade Contra a Sida», Teresa Vilaça defendeu também que organizações não-governamentais devem continuar a apostar na formação de jovens universitários.

«Os estudantes podem fazer a educação pelos seus pares do ensino secundário e básico», frisou.

A educação pelos pares é uma expressão que descreve uma variedade de expressões educativas onde pessoas com idade, «background» e cultura semelhantes educam e informam-se uns aos outros sobre uma variedade de assuntos ou problemas.

Questionada se a internet é atualmente um veículo de informação para os adolescentes sobre matérias de sexualidade, Teresa Vilaça considerou que «é uma potencialidade, mas pode também transformar-se numa barreira».

«É extremamente importante desenvolver espírito crítico para que os jovens saibam descodificar a informação», acrescentou.

Na Teresa Vilaça, é preciso perceber quais são os projetos de formação sobre o tema que se têm mostrado mais eficazes, porque «tão importante como prevenir condições de saúde negativas, como uma gravidez indesejável na adolescência, é também relevante promover a saúde sexual e reprodutiva».

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