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Fenprof: «Isto é uma mão vazia»

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Mário Nogueira garante que novas propostas são insuficientes para abrandar contestação

O secretário-geral da Fenprof (Federação Nacional dos Sindicatos de Professores) garantiu esta terça-feira que as propostas apresentadas pelo Ministério da Educação não são suficientes para abrandar a contestação dos docentes e que são «uma mão vazia», noticia a Lusa.

«Se pensam que é assim que vão conseguir repôr a tranquilidade, pobres coitados», afirmou Mário Nogueira, à entrada para uma reunião com o secretário de Estado Adjunto e da Educação, assegurando que «estas propostas não são suficientes para levar os sindicatos a desconvocar a greve marcada para 19 de Janeiro».

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«Se o ministério colocar [estas propostas] como moeda de troca, nós não estamos aqui para trocar coisa nenhuma, muito menos a dignidade dos professores», afirmou.

O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira, apresentou hoje aos sindicatos e movimentos associativos dos professores uma proposta no sentido de que as bonificações de Muito Bom e Excelente no processo de avaliação deixem de contar para a colocação de professores nas escolas.

Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral da Fenprof afirmou que a avaliação de desempenho só pode ter efeitos ao nível da progressão na carreira e não em termos da graduação profissional dos docentes, considerando que «estranho era existir a norma» que o ministério agora se mostrou disponível para retirar.

«Com o secretismo do Ministério da Educação [na segunda-feira], chegámos a pensar que estávamos perante uma coisa extraordinária, mas isto é uma mão vazia», acrescentou.

«Assim não dá», diz Governo

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O secretário de Estado Adjunto e da Educação afirmou esta terça-feira que não é possível manter negociações com os sindicatos de professores, caso estes continuem a apelar à suspensão do modelo de avaliação de desempenho nas escolas.

«O Governo não deixará de extrair conclusões da atitude dos sindicatos (…). Não é possível desenvolver um processo negocial de boa-fé com quem está permanentemente a apelar ao incumprimento da lei», afirmou Jorge Pedreira.

Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), o secretário de Estado escusou-se a especificar que tipo de conclusões poderão ser retiradas pelo Executivo, adiantando apenas que a posição do Governo deverá ser conhecida a 05 de Janeiro, data dos próximos encontros negociais com os sindicatos do sector.

Ainda assim, Jorge Pedreira deixou implícito que as propostas hoje apresentadas pela tutela sobre o concurso de professores poderão não avançar, se não cessarem as acções de luta.

Actualizada às 21h00

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