O presidente da Associação Académica da Universidade do Minho aplaudiu hoje a introdução de refeições «low cost» nas cantinas, considerando que, além de «racional», se trata também de uma medida ¿importante¿ em tempos de crise.
«Desde que o prato cumpra os mínimos exigíveis para uma refeição, como parece que cumpre, somos favoráveis a esta medida, por oferecer um preço mais em conta o que, em tempos de crise, se afigura muito importante», disse Hélder Castro à Lusa.
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Sublinhou que, numa refeição, a diferença pode ser de 50 cêntimos, o que, por dia, com almoço e jantar, perfaz um euro.
«É certo que numa refeição não se nota tanto a diferença, mas ao fim de um mês ou de um ano já se nota e bem», acrescentou.
Até aqui, os alunos da UMinho apenas podiam comprar uma refeição completa, com o prato, pão, sumo, sobremesa e sopa, por 2,45 euros.
A partir de 19 de março, podem optar por uma refeição simples, apenas com o prato, por 1,95 euros.
Esta refeição pode ser complementada ao gosto de cada um, com extras que têm os seguintes preços: pão a 0,15 euros, sopa a 0,50, sumo a 0,20 euros, salada a 0,30, doce ou fruta a 0,30 e gelado a 0,55.
«A verdade é que muitas vezes os alunos acabavam por deixar o pão, a sopa ou mesmo o sumo, mas tinham de pagar a refeição por inteiro. A partir de agora, apenas pagam o que escolherem», frisou Hélder Castro.
O Departamento Alimentar dos Serviços de Acção Social (SAS) da universidade fala numa «refeição à medida» de cada aluno.
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«É mais uma alternativa ao dispor do aluno. Agora, cada um passa a poder escolher o que quer para a refeição, seja almoço ou jantar», explicou à Lusa o responsável do SAS.
Sublinhou que em causa não está, «de forma alguma», a qualidade da comida, mas sim a quantidade, «que varia de acordo com os hábitos alimentares» de cada pessoa.
«Há pessoas que têm por hábito comer menos ao almoço e ao jantar, mas não dispensam um lanche. E é bom lembrar que, nos nossos bares, praticamos, em regra, valores 40 por cento abaixo dos valores de mercado. Um copo de leite e uma torrada, por exemplo, custam 60 cêntimos», acrescentou.
Admitiu, assim, que as refeições simples vão «certamente» acabar por constituir uma importante ajuda para as famílias, sobretudo para aquelas que têm menos possibilidades financeiras.
«Não está em causa cortar na alimentação, mas sim criar uma alternativa mais económica para aqueles alunos que, por norma, comem menos e dispensam todos ou alguns extras», frisou.
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