O reitor da Universidade do Porto avisou os cerca de 4.000 novos estudantes que participaram, esta quinta-feira, na sessão de receção ao caloiro que não são obrigados a participar em qualquer ato de praxe académica contra a sua vontade.
“Nenhum estudante pode ser obrigado a participar em qualquer ato da praxe académica contra a sua vontade, cabendo a todos, a toda a comunidade, a obrigação de velar pelo cumprimento desta norma de que lhe deverá ser dado conhecimento no ato de inscrição”
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Questionado pela Lusa se estava preocupado com o orçamento para este ano letivo, o reitor recordou que esse orçamento ainda foi definido face à situação eleitoral que se vive, mas disse estar convencido que a situação não ficará pior.
“Pior não será a situação. Há indicadores de que possa ser melhor”, declarou Sebastião Feyo de Azevedo, reconhecendo, todavia, que apesar de o apoio e o financiamento serem muito importantes, há outras questões na universidade também importantes. Entre ela, o modelo global de governação e de organização entre as várias faculdades e entre as outras universidades, o modelo de carreira docente universitária ou a rede do sistema do Ensino Superior.
“Não vai ser pelo financiamento que nós vamos deixar de progredir”
O reitor afirmou que estudar “vale a pena” e revelou-se convicto que, cada vez mais, e independentemente de questões políticas, “Portugal vai ser capaz de criar condições para os seus jovens trabalharem cá”.
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O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, também esteve presente na cerimónia de receção estudantil, falou da importância dos estudantes a que apelidou de “Geração Erasmus” e de "verdadeiros europeus”.
“A Universidade do Porto, aliás toda a academia do Porto, ocupa um lugar crucial na dinâmica da cidade. As universidades não são hoje apenas lugares de formação e de conhecimento. São, acima de tudo, instrumentos de promoção social, sociológica e também fatores de atração e investimento e da captação de novos habitantes”, designadamente para a repovoação e de criação de dinâmicas económicas”
A Universidade do Porto tem cerca de 30.000 mil estudantes, 12% dos quais estrangeiros, cerca de 2.000 docentes e 1.600 quadros não docentes. É a segunda maior universidade do país e preencheu este ano 99,3% das vagas disponibilizadas.
Em 2014, registou um lucro de 5,5 milhões de euros, aumentando o resultado líquido em 37,5% face a 2013.
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