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Urânio: mineiros manifestam-se após morte

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Urgeiriça: em causa reivindicações laborais após mais de cem mortes alegadamente relacionadas com radioactividade

Antigos trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio (ENU) concentram-se esta segunda-feira na Urgeiriça para mostrarem o seu descontentamento pela falta de resposta às suas reivindicações, durante a cerimónia que assinala a conclusão da reabilitação ambiental da Barragem Velha, noticia a agência Lusa.

O porta-voz da comissão de antigos trabalhadores da ENU, António Minhoto, disse à Agência Lusa que a revolta «é cada vez maior», depois de, na semana passada, ter ocorrido mais uma morte de um colega, um homem de 59 anos com um cancro no pulmão, que trabalhou duas décadas na empresa.

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Os antigos trabalhadores têm exigido ao Governo que, mesmo aqueles que não tinham vínculo à ENU na data da sua dissolução, sejam abrangidos por um decreto-lei que lhes dá benefícios na idade da reforma e o pagamento de indemnizações aos familiares daqueles que morreram de doenças relacionadas com a exposição à radioactividade. Contam-se mais de cem mortes desde que as minas encerraram, segundo noticia a SicNotícias.

PS chumbou projectos de lei

Num plenário a 16 de Março - o primeiro após o PS ter chumbado na Assembleia da República os projectos de lei do BE, PCP e PSD que davam resposta às reivindicações - os antigos trabalhadores decidiram pedir ao Governo que deixe o Bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, ser mediador na sua luta mas, segundo António Minhoto, «até agora não houve resposta à proposta».

À Urgeiriça deslocam-se esta segunda-feira os secretários de Estado da Indústria e Inovação, do Ambiente e da Saúde para assinalarem o fim das obras de reabilitação da Barragem Velha, situada na freguesia de Canas de Senhorim, no concelho de Nelas, onde foram acumulados resíduos resultantes de décadas de exploração de urânio.

Segundo a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM), responsável pela sua requalificação ambiental, trava-se da «maior fonte de contaminação radioactiva da Urgeiriça», um problema que garante estar agora resolvido, depois de uma intervenção que durou 25 meses e custou 6,2 milhões de euros.

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