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Aveiro: hospital já fez relatório de idosa morta

Foi enviado à Inspecção-Geral de Saúde, mas sem divulgação pública

A Administração do Hospital de Aveiro enviou à Inspecção-Geral de Saúde os resultados preliminares do inquérito à morte de uma mulher nas urgências sem ter sido assistida e após horas de espera, mas não revelou publicamente o seu conteúdo, noticia a Lusa.

«Foi hoje entregue ao Conselho de Administração do Hospital Infante D. Pedro o relatório do inquérito interno sobre o episódio de urgência que envolveu a Senhora Albertina Fernandes Mendes, 85 anos», revela o Hospital numa curta nota, sem acrescentar mais pormenores.

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«Os resultados deste inquérito interno foram entregues à Inspecção-Geral de Saúde», limita-se a informar o comunicado.

Albertina Fernandes Mendes, de Vale Maior, Albergaria-a-Velha, faleceu dia 2 de Janeiro na maca das urgências do Hospital de Aveiro enquanto esperava ser vista por um médico.

Foi triada com a cor amarela às 14h00 e deveria ter sido vista por um médico no espaço de uma hora, mas acabou por ser encontrada morta com paragem cardio-respiratória pelas 17h45, sem ter sido observada.

Após a sua morte, em que o Hospital de Aveiro admitiu poder ter existido falhas no atendimento, foi anunciado pelos responsáveis daquela unidade hospitalar que o serviço de urgência iria ser reforçado com médicos de clínica geral.

No dia 20, Manuel Dias da Silva, um reformado de 75 anos, foi encontrado «caído numa poça de sangue com a maca por cima», segundo a família, sendo transferido para os Hospitais da Universidade de Coimbra, onde acabou por falecer.

O Hospital de Aveiro, em comunicado, concluiu que lhe foi prestada a assistência adequada, mas foi também instaurado um inquérito pela Inspecção-geral de Saúde.

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A família pondera recorrer às vias judiciais.

Uma das sobrinhas, Carminda Moutela, disse à Lusa que a família está a conversar para escolher um advogado, tencionando apresentar queixa por negligência.

«Inicialmente a minha tia não quis ir para tribunal, mas depois de conhecer a certidão de óbito, que nos convence que ele morreu da queda, e aconselhados por outros familiares e amigos, decidimos avançar e agora vamos ver o que nos aconselha o advogado a fazer», explicou à Lusa.

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