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Pais com relação "instável" prejudicam relações amorosas dos filhos

Estudo da UTAD explicam que "os filhos que presenciam conflitos interparentais vão, no futuro, ter uma relação amorosa pautada por este modelo”

E concretizou: “todos os pais discutem, mas se resolvem a discussão aos gritos, por exemplo, os filhos vão ter esse modelo e replica-lo no namoro”. O estudo teve uma amostra de 505 jovens da zona norte do país, entre os quais 139 rapazes e 366 raparigas com idades entre os 18 e 25 anos e habilitações entre o 9.º ano e ensino superior.

A relação entre pais e filhos tem “extrema relevância” no desenvolvimento emocional dos jovens e um “efeito significativo” na forma como gerem os seus namoros, concluiu um estudo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

A coordenadora da investigação, a psicóloga clínica Catarina Pinheiro Mota, explicou hoje à Lusa que os filhos vão replicar, na sua vida afetiva a relação que têm com os pais.

A título de exemplo, a investigadora afirmou que se houver uma relação “estável” entre pais e filhos, estes terão “maior disponibilidade” para ter e manter namoros, mas se a relação for “instável” os jovens terão “mais dificuldades”.

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Outra das conclusões é a de que os filhos “replicam” nas relações amorosas os conflitos dos pais, avançou.

“Os filhos que presenciam conflitos interparentais vão, no futuro, ter uma relação amorosa pautada por este modelo”, frisou.

O estudo realçou que os jovens resolvem os conflitos no namoro através de duas formas: estratégias de resolução não abusivas e estratégias de resolução abusivas e comportamentos violentos.

Os comportamentos não abusivos são realizados por jovens mais velhos, especialmente raparigas, entre os 22 e 25 anos.

Os jovens que recorrem a estas atitudes para resolver conflitos têm “baixos níveis de sintomatologia depressiva, ansiedade e sensibilidade interpessoal” e maior confiança no namoro.

Por seu lado, os comportamentos violentos são adotados maioritariamente por rapazes, sem diferenciação de idades, e associam-se a jovens com sinais depressivos.

“São preditos pela maior intensidade e frequência dos conflitos interparentais”, referiu a investigadora.

Os investigadores de Psicologia Clínica da UTAD, em Vila Real, quiseram entender a “qualidade de vinculação aos pais e o seu efeito na vinculação amorosa em jovens adultos”, tal como o “papel dos conflitos interparentais no desenvolvimento dos conflitos no namoro".

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