Os acontecimentos de segunda-feira à porta do hospital de Évora mostram uma total falta de colaboração entre PSP e GNR.
As regras para a distribuição de vacinas foram decididas numa reunião a 22 de dezembro com a presença da Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna e os comandos das duas forças.
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O documento a que a TVI teve acesso é claro: "A GNR assegura o desembaraçamento de trânsito nos itinerários que compreendem passagens por áreas de responsabilidade de ambas as forças" pode ler-se no ponto 3.
Desembaraçamento significa o acompanhamento permanente na abertura de caminho e guarda do bem.
E, acrescenta o ponto 4 do mesmo documento, “a PSP assegura o desembaraçamento de trânsito apenas quando o fim do percurso se realize na sua área", o que não acontecia em Évora já que a carrinha seguia para Beja.
Na prática, o acompanhamento da viatura de transporte de vacinas deverá ser sempre feito pela GNR e a PSP só pode na sua área de responsabilidade fazer um reforço de segurança o que é chamado no documento de escolta-acompanhamento.
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A TVI sabe que o comissário que chefiava a força policial em Évora deu ordem para que a GNR abandonasse a viatura e a fosse receber apenas no limite da área de jurisdição da PSP.
A GNR não aceitou e a polícia bloqueou o veículo que transportava as vacinas para os hospitais do Sul, um bloqueio que durou cerca de meia hora.
Na sequência da notícia da TVI, o Ministério da Administração Interna determinou a abertura de um inquérito urgente.
Os comandos nacionais da PSP e GNR não se pronunciaram ainda.
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