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Covid-19: “Sucesso” no primeiro dia de vacinação no São João no Porto mas segurança continuará

“O sucesso do processo” não significará uma redução da segurança, sublinha presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de São João

O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de São João (CHUSJ), Fernando Araújo, vincou este domingo, dia marcado pelo arranque da vacinação contra a covid-19, que “o sucesso do processo” não significará uma redução da segurança.

Hoje foi um dia de confiança e de esperança. Tínhamos programado algo ambicioso e difícil: vacinar 2.125 profissionais [de saúde]. E depois de um dia que foi longo, conseguimos vacinar 2.125 profissionais (…). Isto não nos impele a reduzir a segurança do processo. Vamos e temos todos de manter as normas de segurança que são necessárias para cumprir com o objetivo de imunidade que a todos nos motiva”, disse Fernando Araújo.

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Em jeito de balanço, mas também de apelo, o presidente do conselho de administração do CHUSJ – que falava aos jornalistas ao lado da cadeira onde esta manhã recebeu a vacina o médico infecciologista António Sarmento, o primeiro português a ser vacinado contra a covid-19 – descreveu que “não foi registada nenhuma reação adversa grave” e apenas “seis ou sete casos de reações ligeiras”.

Esta vacina é segura. Estamos confiantes. Hoje foi um dia feliz, um dia em que sentimos que estamos a ganhar a guerra contra este vírus”, vincou Fernando Araújo.

Este domingo foram vacinados no Hospital de São João, no Porto, mais de 2.000 médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e técnicos de diagnóstico e terapêutica de serviços referenciados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) naquele hospital.

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Este número corresponde a cerca de 30% do universo total de profissionais de saúde do CHUSJ e a “cerca de metade” do número de pessoas elegíveis por serem consideradas “grupo prioritário”.

Fernando Araújo referiu que agora o hospital preparará a operação relativa à segunda toma, agendada para 17 de janeiro, também a um domingo, e mostrou-se “confiante” de que a restante população hospitalar terá acesso à vacina “o mais breve possível”.

Esperamos que seja muito em breve. Hoje, a senhora ministra [da Saúde] disse exatamente isso e exatamente neste local onde nos encontramos. Disse que muito em breve teremos vacinas para vacinar todos os profissionais que o desejem”, referiu o responsável.

Isto porque, reconheceu o presidente do conselho de administração, “a pressão sobre o hospital vai continuar”, uma vez que “poderá haver um aumento de incidência, fruto eventualmente de um contacto social maior da época [de Natal]”.

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Estamos preparados para todas as eventualidades. Acredito que o pior já passou”, disse.

Questionado sobre se o CHUSJ está disponível para “emprestar” instalações a eventuais “megaoperações” de vacinação semelhantes, mas dedicadas à comunidade em geral, Fernando Araújo foi perentório na resposta: “O hospital é de todos. Estamos disponíveis para o que o SNS [Serviço Nacional de Saúde] precisar e o Ministério da Saúde pedir. Hoje foi um teste que correu com sucesso”.

Enquanto falava à imprensa, ladeavam Fernando Araújo o diretor dos Serviços Farmacêuticos, Pedro Soares, o diretor do Centro de Ambulatório, Xavier Barreto, o diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do Hospital de São João, Nelson Pereira, a diretora clínica do CHUSJ, Maria João Baptista, o diretor do Serviço de Saúde Ocupacional, Pedro Norton, a enfermeira supervisora, Paula Costa, bem como a diretora do Centro de Gestão de Informática e Serviço de Sistemas de Tecnologias, Informação e Comunicação, Maria João Campos.

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Fernando Araújo agradeceu “o esforço enorme” a todos os profissionais que estiveram envolvidos na operação, num total superior a uma centena, enumerando serviço a serviço, sem esquecer o papel dos voluntários.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,7 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 6.556 em Portugal.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

À semelhança de outros países da União Europeia, em Portugal a vacina é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo Serviço Nacional de Saúde.

Os profissionais dos centros hospitalares universitários do Porto, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central foram os primeiros a ser vacinados.

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