O bar e a sala de convívio ficaram destruídos, os computadores e as televisões partidos. Ficou assim a Escola Secundária da Ramada, em Odivelas, vandalizada no passado sábado. Como consequência, cerca de 1.500 alunos ficaram sem aulas. Olhando para este exemplo, os pais pedem um reforço da segurança.
A Federação de Lisboa das Associações de Pais considerou, esta sexta-feira, que na origem dos atos de vandalismo na Escola da Ramada está a redução de pessoal não docente e pediu ao Governo para avançar com medidas de prevenção.
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Em comunicado, a FERLAP- Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais argumentou que os acontecimentos de sábado “não são atos isolados” no país, sublinhando que “são consequência da redução do pessoal não docente”.
A federação considerou também que a falta de vigilância noturna potencia em larga escala os atos de vandalismo nas escolas, nos horários pós-letivos.
No entender da FERLAP, um “sistema de videovigilância, como parece, se veio a provar, não substitui de forma alguma a vigilância humana e muito menos, é dissuasora da prática deste tipo de atos”.
A federação considerou “inaceitável que se gastem milhares de euros na recuperação e beneficiação de escolas que depois são pura e simplesmente deixadas ao abandono, (des) protegidas apenas por sistemas que está provado, não são dissuasores deste tipo de atos”.
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Para a FERLAP, os atos de vandalismo nas escolas geram custos enormes, tanto materiais como educativos.
“Por um lado, os equipamentos têm que ser repostos, quando tal é possível, infelizmente nem sempre é, por outro, os alunos ficam sem aulas e com a sensação da impunidade de quem pratica estes atos”, salientou.
Por isso, a federação diz que devem ser tomadas medidas no sentido de minorar a possibilidade de que atos do género virem a acontecer, nomeadamente a reposição do serviço de vigilância noturna nas escolas.
Assim, a FERLAP disse já ter solicitado ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, a tomada de medidas necessárias para prevenir atos desta natureza.
A federação entende também que “os culpados devem ser castigados exemplarmente”.
Escola vandalizada quatro vezes em pouco mais de um mêsO estabelecimento de ensino foi vandalizado no sábado pela quarta vez em mês e meio, tendo as câmaras de videovigilância sido roubadas há nove dias.
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Em declarações à agência Lusa, o diretor da Escola Secundária da Ramada, Edgar Oleiro, contou que os autores dos atos de vandalismo destruíram o bar e a sala de convívio, tendo partido computadores e televisores.
O responsável disse ainda que a cozinha e o refeitório foram vandalizados, tendo sido também partidos 25 vidros colocados nas entradas dos pavilhões dos blocos de aulas.
O diretor da escola indicou ainda que os responsáveis pelos atos de vandalismo espalharam o pó de vários extintores pelo chão.
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