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Alportel: autarca admite falhas no combate

«Incêndio conseguiu chegar de Cachopo à zona de Cabeça do Velho mais depressa do que o primeiro bombeiro»

O presidente da Camara de São Brás de Alportel afirmou hoje que «houve algo que falhou» na coordenação do combate às chamas que lavram na serra, alastrando mais rapidamente do que a mobilização dos bombeiros.

«Em São Brás de Alportel, o que posso afirmar é que no dia de quinta-feira houve algo que falhou. O incêndio conseguiu chegar de Cachopo à zona de Cabeça do Velho mais depressa do que o primeiro bombeiro», explicou António Eusébio esta manhã em declarações à comunicação social.

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O autarca recorda que as primeiras casas começaram a arder por volta das 18:00 na Cabeça do Velho e «os bombeiros só chegaram por volta das 20:10».

Ao todo, o autarca contabilizou dez casas ardidas nos locais da Mesquita, Arinbo, Barranco da Figueira e Cabeça do Velho.

A atuação das escavadoras, retros do exército, máquinas de lagartas e o reinício das descargas dos meios aéreos no princípio da manhã têm estado a permitir um combate mais eficiente, na opinião de António Eusébio, que anseia pela extinção do incêndio para começar a avaliar prejuízos e organizar apoio às pessoas afetadas.

«Vamos entrar na fase em que muitas destas pessoas, que tiveram de sair das suas casas, lentamente vão regressar aos seus locais e, para as que não tiverem condições, temos de arranjar maneiras nas próximas horas ou dias», disse o autarca.

«Estas pessoas, grande parte delas, são proprietárias de terrenos onde se produzia a melhor cortiça do mundo. Essa cortiça valorizava a propriedade e, de dez em dez anos, permitia dar rendimento para que as famílias fossem tendo a sua sustentabilidade. Sem a cortiça, sem as terras e sem as casas, as pessoas perderam tudo», concluiu.

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