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Carris: grevistas queixam-se de violência da PSP

E acusam empresa de exceder os serviços mínimos

O Corpo de Intervenção da PSP interveio «usando a força» em «todas as estações da Carris» para impedir os piquetes de greve que queriam «ajudar» os trabalhadores a «cumprir o direito à greve», acusou um dirigente sindical.

À Lusa, Manuel Leal, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), afirmou que a administração da empresa enviou uma circular sobre serviços mínimos, em que ameaçava de despedimento quem fizesse greve.

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«Na notificação dos serviços mínimos, a empresa ameaçou os trabalhadores que não cumprissem com processos e ameaçaram com despedimentos. Os trabalhadores ficaram extremamente indignados», relatou.

Manuel Leal explicou que os piquetes tentaram «ajudar os trabalhadores que queriam fazer greve, mas estavam a ser obrigados a furá-la».

«Os piquetes tentaram que os trabalhadores cumprissem a sua intenção e direito de aderir à greve e a polícia de intervenção usou da força física e impediu a acção pacífica e regulada nos termos da lei», criticou.

Para o dirigente da STRUP, os piquetes não protagonizaram qualquer alteração da ordem pública.

Manuel Leal informou ainda que a administração da Carris violou o acórdão do tribunal arbitral acerca dos serviços mínimos: 50 por cento de circulação em 13 carreiras.

«Podemos dizer com segurança, que o Conselho de Administração colocou mais autocarros do que eram impostos. Ainda não sabemos a totalidade, mas em algumas carreiras era muito visível que se tinha excedido em muito os 50 por cento», afirmou.

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A adesão dos trabalhadores da Carris à greve geral, segundo o sindicalista, é pela defesa dos postos de trabalho e pelo «direito à mobilidade» que estará em causa se for aprovado o relatório do grupo de trabalho nomeado pelo Governo.

Também João Proença, secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), a empresa «não tem direito a utilizar nenhum trabalhador afecto aos serviços mínimos tendo trabalhadores disponíveis para fazer o trabalho», acrescentando que se no total se «ultrapassou 50 por cento das 13 carreiras, a empresa cometeu uma violação grave do direito à greve».

Pela parte da Carris, fonte da empresa afirmou à Lusa que de momento não serão feitos comentários à paralisação.

Nos grandes centros urbanos como Lisboa e Porto, autocarros e metropolitanos estão praticamente paralisados, havendo também fortes constrangimentos nas ligações ferroviárias a nível do país. A TAP cancelou mais de uma centena de voos.

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