Um jovem cientista português ajudou a criar uma proteína que pode combater o vírus da SIDA. O trabalho valeu a Bruno Correia uma publicação na conceituada revista «Science».
A proteína criada em laboratório tem potencial para criar anti-corpos para neutralizar o HIV. Esta descoberta pode não só abrir caminho a uma vacina contra a SIDA, mas também ajudar no tratamento de outras doenças.
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No entanto, o cientista português avisa que este é só um primeiro passo, como explicou em entrevista à TVI24 via Skpe a partir de Seattle, nos Estados Unidos: «Isto pode ser um caminho, mas também temos de ser realistas e dizer que este é um primeiro passo em ciência muito fundamental de uma via muito alternativa para o desenvolvimento de uma vacina».
O investigador da Universidade de Washington e do Scripps Research Institute acrescentou que o facto de se tratar de uma nova abordagem ciêntifica poderão surgir respostas inovadoras: «Há uma falta de ideias novas. As pessoas têm uma, ou duas ou três estratégias e andam sempre à volta disso. A importância da nossa estratégia é que foi diferente do que as pessoas tentaram até agora, por isso é que criou um bocadinho mais de entusiasmo».
Depois da «caracterização estrutural» da molécula e de alguns testes em ratinhos, o próximo passo poderá surgir nos testes em macacos, o que servirá para obter resultados mais similares às reacções no ser humano.
Bruno está a fazer investigação para o seu doutoramento nos Estados Unidos. «Foi uma oportunidade extraordinária para uma pessoa normal. Visto que me foi dada uma oportunidade extraordinária, tive a oportunidade de a aproveitar», disse, esclarecendo que isto só foi possível devido a uma bolsa do Governo português: «Também é importante dizer-se isso para se saber como é que o dinheiro é gasto. Foi através do Instuto Gulbenkian de Ciência».
Sabendo que ainda tem muito trabalho pela frente, o ciêntista português aproveita para «agradecer o apoio toda a gente». Os resultados estão à vista.
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