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Curry Cabral: lágrimas e champanhe na despedida

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Urgências encerraram pontualmente às 24 horas de segunda-feira

As urgências do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, encerraram pontualmente às 24 horas de segunda-feira com a reunião de toda a equipa de serviço, que assinalou o momento com discursos, lágrimas, muitos abraços e até uma garrafa de champanhe.

O relógio marcava exactamente meia-noite quando, de repente, várias dezenas de funcionários do Hospital Curry Cabral pertencentes à equipa de urgência, entre médicos, enfermeiros e auxiliares, encheram a entrada da zona das urgências para assinalar o fecho daquele serviço.

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Nas palavras do enfermeiro chefe, que teve direito a uma grande e prolongada ovação, aquele era um «momento especial» e todos deveriam sair com a «sensação de dever cumprido».

«O que sentimos e vivemos neste serviço vai perdurar para sempre na nossa memória», disse perante um grupo visivelmente emocionado.

Entre os que o ouviam, as reações variavam entre o choro abafado, os abraços emocionados, as palmas e muitas fotografias à mistura para o momento ficar registado para a posteridade.

A alegria e a tristeza misturaram-se e o momento foi fechado com a abertura de uma garrafa de champanhe que rapidamente se transformou num banho de vinho espumante.

Na última hora antes do encerramento, eram poucos os utentes que se dirigiam àquele serviço e a sala de espera esteve quase sempre vazia.

Tiago Varanda teve de se socorrer das urgências do Hospital por causa de um familiar que se sentiu mal. Já sabia que o serviço de urgências ia fechar e nega que isso lhe cause qualquer transtorno.

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«Eu vivo há pouco tempo na área de residência deste Hospital. Já fui atendido no Hospital de Santa Maria e não me faz diferença porque sempre fui bem tratado num lado e noutro», contou à Lusa.

Já a cunhada de Maria Joaquina vê a situação de outro modo, depois de ser seguida no Curry Cabral durante seis anos e de hoje ter sido obrigada a socorrer-se das urgências.

«Ela já disse que lhe causa muito transtorno porque este Hospital já lhe era familiar e ela não gosta do Hospital de São José. Mas eu também já lhe expliquei que este vai fechar e ela tem mesmo de ir para lá», disse Maria Joaquina.

Da parte do Ministério da Saúde, a indicação é de que este encerramento se insere «no âmbito da reestruturação da rede de urgências da área metropolitana de Lisboa e da abertura do Hospital de Loures».

Com este fecho, deixará igualmente de funcionar no Curry Cabral a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

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