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Face Oculta: Godinho sai da prisão

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Único preso preventivo do processo foi libertado esta segunda-feira

Última actualização às 10:56

O único preso preventivo do processo Face Oculta, Manuel José Godinho, foi libertado esta segunda-feira, após passar um ano e quatro meses detido no Estabelecimento Prisional de Aveiro.

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À saída, Manuel Godinho acenou aos jornalistas que se encontravam frente à prisão e disse apenas que estava «contente». Já no carro, afirmou apenas: «Vou para casa.»

Godinho tinha à sua espera dois filhos, um funcionário e um advogado das empresas, que se encontravam desde as 8h37 junto ao Estabelecimento Prisional de Aveiro.

O mandato de libertação de Manuel Godinho chegou às 10h15 ao Estabelecimento Prisional de Aveiro. Às 10h28 um dos filhos entrou no edifício, tendo saído dois minutos depois com o arguido.

Aparentemente mais magro, o empresário saiu sorridente, cumprimentou os familiares e acenou aos jornalistas, tendo depois entrado para uma viatura.

Uma fonte ligada ao processo adiantou que o juiz concordou com as medidas de coacção propostas pelo Ministério Público para o arguido, que ficará proibido de se ausentar para o estrangeiro e de se ausentar da área da sua residência (Esmoriz).

Terá ainda de se apresentar diariamente às autoridades, além de não poder contactar os outros arguidos, à excepção daqueles que são seus familiares.

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O advogado do sucateiro de Ovar, Artur Marques, tinha avisado que o prazo para a prisão preventiva terminaria a 28 de Fevereiro, em virtude de ainda não ser conhecida a decisão instrutória, pelo que o arguido tinha de ser libertado.

O causídico entendia ainda que a prisão preventiva de Manuel Godinho «nunca teve justificação», sublinhando que «a prisão contribuiu para o agravamento» das suas condições de saúde.

Desde o início deste processo, os advogados de Manuel Godinho pediram várias vezes a alteração da medida de coação da prisão preventiva em função das suas condições de saúde, mas o pedido foi sempre recusado, primeiro pelo juiz de instrução criminal de Aveiro, António da Costa Gomes, e, mais recentemente, pelo juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, Carlos Alexandre.

Manuel Godinho, preso preventivamente desde 28 de Outubro de 2009, é o arguido mais incriminado no processo Face Oculta, estando acusado de 60 crimes (inicialmente estava indiciado de 30), de corrupção, associação criminosa e tráfico de influências, entre outros.

O juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal revelará a 14 de Março se o caso Face Oculta irá a julgamento e quais dos arguidos serão julgados.

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