O presidente do conselho de administração da RTP, Alberto da Ponte, adiantou esta quarta-feira que a anterior direção de informação não irá ser alvo de inquérito disciplinar.
«Com base no inquérito que a administração despachou, uma das consequências foi a exoneração da direção de informação. Entende a administração que não há motivos para um inquérito disciplinar», disse aos jornalistas.
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O inquérito interno da RTP concluiu que o ex-diretor de informação Nuno Santos autorizou a PSP a ver as imagens dos incidentes de 14 de novembro.
Questionado sobre o visionamento das imagens por parte da PSP na RTP, Alberto da Ponte disse que isso «configura uma deslealdade e uma falta processual mas não é suficiente para proceder a um processo disciplinar».
O presidente do conselho de administração esclareceu, ainda, que inquérito sobre o caso das imagens visionadas pela PSP na empresa foi interno e que as pessoas responderam «sob sigilo». «Não divulguei o inquérito [apenas as conclusões ao presidente da ERC]», acrescentou, admitindo revelar quem foi o elemento da direção de Informação da RTP que acompanhou os agentes da PSP durante o visionamento: «Será divulgado na altura oportuna.»
Sobre o destino dos DVD gravados que não saíram das instalações da RTP, Alberto da Ponte disse tratar-se de «matéria confidencial» e que «não pode ser revelada à luz do inquérito».
O diretor de Informação da RTP, Nuno Santos, demitiu-se a 21 de novembro, negando ter facultado «a elementos estranhos à empresa», como afirmou a administração, imagens dos confrontos entre a polícia e manifestantes, em frente ao Parlamento, no dia da greve geral.
[notícia atualizada às 20:25]
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