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Kodak sobreviveu a duas guerras mundiais

Mas não resistiu à crise e abriu falência. O jornalista Paulo Bastos faz uma viagem à história da marca

A história da Kodak confunde-se com a história de todos nós, do mundo inteiro, durante o último século e um pouco mais. Presente em todos os momentos, é mais que uma marca: deixou marcas.

Quando em 1892 o senhor Eastman fundou a Kodak, escolheu com a mãe um nome que tivesse a letra «K». Era a sua letra preferida. Achava-a forte e incisiva. Para além disso queria um nome curto, diferente de qualquer outro e impossível de pronunciar de forma errada. E Kodak ficou.

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Era o tempo das fotografias guardadas em álbuns durante décadas. A Kodak impôs-se no mercado com máquinas baratas, fáceis, acessíveis. Em 1958, vendiam-se assim as primeiras câmaras de home vídeo. Não havia zoom. Havia três lentes: uma para os planos abertos, outra para os planos médios e outra para os planos fechados.

A Kodak era o guardador de sonhos, dos momentos para mais tarde recordar. Por aqui, passavam as memórias mais estrambólicas e as imagens de famílias felizes. Era uma história de sorrisos. Em 1976, a Kodak tinha uma quota de 90 por cento de toda a película vendida nos Estados Unidos.

A Kodak sobreviveu a duas guerras mundiais, incontáveis guerras civis e locais, revoluções, a guerra fria, as convulsões sociais de todo o século XX. Mas, na mudança do século, começaram os despedimentos, aos milhares. O digital estava a mudar tudo. A câmara mais popular do mundo agora eram os telemóveis, não havia nada a fazer. A última vez que deu lucro foi em 2007, há 5 anos.

Durou 120 anos, mais coisa menos coisa. Fica o momento, para mais tarde recordar.

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