O jovem sobrevivente da tragédia do Meco vai ser ouvido pela Polícia Judiciária como testemunha, mas pode passar à condição de arguido se os indícios recolhidos pelas autoridades apontarem para a possibilidade de crime.
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«Aquilo que mais se pode aproximar desta situação é o chamado crime de exposição ao abandono, que é o crime que ocorre quando alguém coloca outra pessoa numa situação de perigo para a vida ou integridade física, da qual essa pessoa só por si não se pode defender», disse à TVI o advogado Paulo Sá e Cunha.
Ainda assim, o jovem dificilmente será responsabilizado. «Vejo com muita dificuldade o enquadramento penal destes factos», apontou o causídico.
«Se, numa situação destas, as pessoas se colocam numa situação de risco, têm de suportar as consequências da concretização desse risco e tem de ser suportado pelo próprio, não podemos imputar responsabilidade penal a quem quer que seja», explicou.
A inquirição do jovem não tem data marcada.
Os investigadores pretendem ainda fazer uma reconstituição da noite da tragédia.
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