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Militares marcam uma concentração

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Presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas considerou que o ministro da Defesa «não deve ter vergonha na cara»

As associações socioprofissionais de militares marcaram uma concentração para 10 de novembro, na Praça do Município, em Lisboa, à qual se seguirá um desfile até aos Restauradores, refere a resolução aprovada pelo encontro nacional.

A Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), a Associação Nacional de Sargentos (ANS) e a Associação de Praças (AP) foram mandatadas ainda para solicitar ao Presidente da República, na qualidade de Chefe Supremo das Forças Armadas, a fiscalização preventiva do Orçamento do Estado para 2013.

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A decisão foi anunciada no final de um encontro nacional de militares, em Lisboa, que durou cerca de duas horas.

«Porque somos cidadãos, queremos exercer a nossa cidadania e convocar todos os que aqui estão, e aqueles que entendam, para dizer publicamente o que entendemos sobre esta trágica situação em que colocaram o país», afirmou o presidente da AOFA, ladeado pelos presidentes da ANS, Lima Coelho, e da AP, Luís Reis.

O dirigente associativo defendeu que é preciso «intervir para que o rumo seja outro» e procurar uma «inflexão das práticas que têm sido seguidas».

O coronel referiu ainda que é preciso, «no contexto de democracia», encontrar «mecanismos para influenciar e reverter o atual estado de coisas».

Questionado sobre a proposta de Orçamento do Estado para a Defesa, que aumenta, Pereira Cracel respondeu que, «das notícias que têm vindo a lume, esse aumento refere-se a despesas com Forças Nacionais Destacadas» e que, no restante, há «um acréscimo de penalizações e agravo».

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Já sobre as declarações de Otelo Saraiva de Carvalho, que hoje afirmou em entrevista à agência Lusa que a revolução «está latente», o presidente da AOFA não quis comentar.

«O coronel Otelo Saraiva de Carvalho já nos habituou a afirmações como essa e não interessa fazer mais comentários», afirmou.

O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas considerou que o ministro da Defesa «não deve ter vergonha na cara» ou «deve ter poisado agora, vindo de Marte», ao dizer que os militares «não estão descontentes».

«Apetecia-me dizer, numa frase singela, o seguinte: o senhor ministro da Defesa Nacional não deve ter vergonha ou então deve ter poisado agora, vindo de Marte ou de qualquer outro país no planeta, porque, decididamente, os militares neste momento não se encontram reconhecidos por aquilo que lhes tem acontecido», afirmou o coronel Pereira Cracel.

O coronel da Força Aérea considerou inaceitáveis as afirmações do governante.

«Os militares neste momento, num espírito que é o seu e porque acreditam e vivem a ética e os valores, que eventualmente o senhor ministro não conhece, não vão para além do que a sua conduta de militar lhes impõe, agora, o senhor ministro vir dizer uma coisa dessas, que os militares não estão descontentes, francamente, de uma forma sintética, o senhor ministro da Defesa Nacional não terá é vergonha na cara», declarou Pereira Cracel.

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