Os dois arguidos do processo Monte Branco que foram libertados sob caução de 200 mil euros esta quarta-feira estão a colaborar com as autoridades.
Michel Canals e Nicolas Figueiredo confirmaram aos investigadores a lista de clientes portugueses da Akoya, a empresa suíça que durante anos terá ajudado clientes portugueses e estrangeiros a fugir ao fisco e a lavar dinheiro de proveniência ilícita
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São mais de 30 nomes, que já estavam na posse das autoridades e que, segundo apurou a TVI, mostram que Canals e Nicolas são apenas uma «gota no oceano» de esquemas de fraude fiscal e branqueamento de capitais que os investigadores detetaram.
O inquérito-crime está para durar e já é comparado ao processo «Furacão». Desde que o caso foi tornado público, vários ex-clientes dos arguidos acorreram ao fisco para regularizar a situação fiscal, permitindo arrecadar mais de 200 milhões de euros em impostos.
Os investigadores acreditam ter reunido prova documental consistente, pelo que também por isto não se justifica manter os arguidos em prisão preventiva. Segundo o advogado de Nicolas Figueiredo, João Medeiros, os dois estão ainda proibidos de contactar antigos clientes e não podem ausentar-se de Portugal.
Os dois banqueiros suíços estavam em prisão preventiva há quase meio ano.
O processo Monte Branco tem cinco arguidos. Apenas Francisco Canas, alegado intermediário em vários esquemas de branqueamento de capitais, continua em prisão preventiva.
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