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Preço marcado nos medicamentos é enganoso

Não correspondem ao que os utentes têm de pagar. Farmaceuticos têm de retirar sempre seis por cento ao valor marcado

Os preços dos medicamentos escritos nas embalagens estão a lançar confusão entre os utentes porque não correspondem ao que os utentes têm de pagar.

A colocação dos preços nas embalagens de medicamentos foi decidida por uma questão de transparência, mas não reflecte uma descida generalizada dos preços dos medicamentos em seis por cento decidida pelo anterior Governo.

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Uma embalagem de 50 mililitros de Vastarel, um medicamento para a angina de peito, tem um preço de venda ao público impresso de 6,80 euros, mas na altura de pagar descobre-se que custa afinal 6,39 cêntimos. A diferença de valores é de 6% e repete-se noutros medicamentos - uma descida determinada em portaria pelo Governo de José Sócrates.

Mas quando a Assembleia da República legislou a reintrodução dos preços dos medicamentos nas embalagens, o Infarmed decidiu que o preço visível para o público seria o valor administrativo máximo.

A ordem dos farmacêuticos diz que o princípio de transparência que está na origem da impressão dos preços nas embalagens de medicamentos sai desvirtuado ainda que, no final, o utente saia a ganhar.

Beneficiada sai também a indústria farmacêutica, já que a impressão do preço real nas embalagens em Portugal obrigaria à redução do valor de venda desses mesmos medicamentos nos mercados espanhol, francês, italiano e grego.

A decisão de imprimir os preços máximos de venda ao público está também a levantar dúvidas na cadeia de distribuição.

Contactado pela TVI, o Infarmed diz ter agido no escrupuloso cumprimento da lei, um argumento que não mereceu comentários da Associação Nacional de Farmácias. Já a Apifarma, que representa a indústria farmacêutica, não se mostrou disponível para prestar esclarecimentos sobre o assunto.

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