Já fez LIKE no TVI Notícias?

Rua cortada contra aumento nos transportes

Acção decorreu junto ao topo norte do Mercado do Bolhão, no Porto

A Rua de Fernandes Tomás, no Porto, foi cortada hoje à tarde durante cerca de 15 minutos por manifestantes que protestavam contra os aumentos dos preços dos transportes públicos que entram em vigor já esta quarta-feira, dia 1.

A acção decorreu junto ao topo norte do Mercado do Bolhão, foi presenciada pelos agentes da PSP ali presentes e decorreu sem quaisquer incidentes, à parte os protestos de alguns automobilistas que, impossibilitados de seguir o seu caminho, reagiram buzinando repetidamente.

PUB

«É o terceiro aumento no espaço de um ano», salientou Sara Santos, do autodenominado Grupo de Utentes dos Transportes Públicos do Porto, que organizou este protesto em plena Baixa.

O Grupo considera que «ao contrário da ideia que o Governo tem procurado transmitir, é mentira o aumento médio de cinco por cento nos preços dos transportes».

Dirigindo-se aos cerca de 150 manifestantes que aderiam a este protesto, Sara Santos leu um comunicado frisando que os aumentos são «um roubo na carteira dos utentes».

«Todos vamos sofrer a partir de amanhã», completou, referindo também que «são sempre os mesmos a pagar» e ainda que «aumentam os preços dos transportes, mas não aumentam os salários nem as pensões».

Referiu ainda que os utentes dos transportes públicos do Porto vão ser prejudicados devido à redução de serviço respectivo e com a sua «privatização».

Alguns manifestantes empunhavam cartazes com mensagens como «aumentos dos transportes são um roubo».

Ouviram-se frases como «o custo de vida aumenta, o povo não aguenta» e «Não e não aos aumentos dos transportes».

PUB

Adérito Machado, do grupo organizador, disse à Lusa que os estudantes e os reformados são dos mais atingidos pela subida de preços decretada pelo Governo, «pois um aumento entre 40 e os 50 por cento».

«O protesto é um grito de revolta pela inexistência de sensibilidade das pessoas que estão no poder», resumiu. «É muita coisa de uma vez só», acrescentou também.

O Grupo de Utentes sublinha que «a estes brutais aumentos, os terceiros no espaço de cerca de um ano, acresce os aumentos na alimentação, saúde, ensino, gás, electricidade e a diminuição das prestações sociais, o que contribui para uma grande redução dos rendimentos das famílias, dificultando ainda mais o seu dia-a-dia».

PUB

Últimas