O Ministério Público tem indícios de «premeditação» e «especial perversidade» no caso de um vídeo colocado na Internet mostrando agressões a uma adolescente, anunciou este sábado no seu site na Internet a procuradoria-geral distrital de Lisboa.
Uma das agressoras da adolescente vítima de violência e o alegado autor de um vídeo que mostrou as agressões na Internet ficaram em prisão preventiva, tinha informado hoje à Lusa fonte do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa.
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Segundo a nota da procuradoria, o Ministério Público, «coadjuvado pela PSP, logrou obter indícios de co-autoria de agressão premeditada, levada a cabo em grupo, com especial perversidade».
Por decisão do juiz de instrução do caso, «foi aplicada a medida de coação mais grave, visto que as demais não acautelavam os perigos de continuação da actividade criminosa (...) o jovem arguido encontra-se também indiciado noutros processos pela prática de crimes de roubo», lê-se ainda no site.
O bastonário da Ordem dos Advogados já veio criticar a prisão preventiva, considerando a medida própria de um sistema judicial «da Idade Média».
O caso tornou-se conhecido através de um vídeo colocado na rede social online Facebook (e entretanto retirado), onde se vêem duas jovens a agredir uma terceira, de 13 anos, à chapada e ao pontapé perante a passividade de outros adolescentes.
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A vítima chega mesmo a ser deitada ao chão e pontapeada em várias partes do corpo, incluindo na cabeça.
A agressora detida tem 16 anos, enquanto a outra tem 15, pelo que foi extraída certidão para ser enviada ao Tribunal de Família e Menores de Lisboa, para instauração de inquérito tutelar educativo.
A PSP efectuou na sexta-feira a detenção dos alegados autores do crime.
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