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Este município já mostrou disponibilidade para acolher refugiados

Câmara Municipal de Vila de Rei diz que tem casas disponíveis para acolher duas ou três famílias

Ricardo Aires recomendou aos municípios que se vão disponibilizar para receber refugiados que a sua primeira preocupação seja “tratar bem” quem chega e que garantam que terão as condições necessárias para receber as pessoas. Em maio de 2006, o concelho de Vila de Rei recebeu quatro famílias da cidade brasileira de Maringá (oito adultos e sete crianças), no âmbito de um projeto de repovoamento do concelho, um processo que foi suspenso seis meses depois com a saída de três famílias.

O município de Vila de Rei manifestou ao Governo disponibilidade para acolher “duas ou três famílias” de refugiados. A informação foi revelada pelo presidente da Câmara Municipal, que recomenda o acolhimento apenas onde haja condições para receber dignamente as pessoas.

Ricardo Aires disse à agência Lusa que a experiência do seu município – que em 2006 recebeu quatro famílias brasileiras e em 2011 assinou um protocolo com o governo regional do Príncipe (S. Tomé) para receber alunos do ensino secundário – o leva a recomendar que apenas se disponibilizem os municípios que têm condições para “tratar bem as pessoas”.

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O autarca afirmou que a Câmara Municipal de Vila de Rei tem casas disponíveis para acolher duas ou três famílias e condições para as integrar no mercado de trabalho na área social ou no setor da madeira, tendo já estabelecido contactos com instituições e empresas locais.

Ricardo Aires afirmou que no ofício enviado ao Governo solicitou a realização de uma reunião destinada a perceber as qualificações das pessoas que possam vir a ser acolhidas no concelho, para procurar que se enquadrem nas áreas disponíveis para trabalharem.

“Vale mais serem poucos do que um grande movimento e depois não termos condições, mesmo logísticas, para lhes darmos a qualidade de vida que merecem.”

O vice-presidente do município, Paulo César, alertou que as pessoas que vão chegar ao país são refugiados de guerra que querem “paz, estabilidade e trabalho”, não tendo dúvida de que irão agarrar as oportunidades que tiverem.

Afirmando não haver qualquer semelhança com os programas que o município tem vindo a desenvolver para contrariar a desertificação do concelho, Paulo César sublinhou que a primeira preocupação deve ser “salvar vidas” e, depois, analisar caso a caso, garantindo, pela experiência de Vila de Rei, que a integração destas pessoas “vai ser fácil”.

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“Quem vier vai ser bem acolhido, porque quer paz e Portugal é um país de paz e sabe acolher e ajudar”, disse, realçando a qualidade técnica, em várias áreas, que os municípios portugueses atualmente possuem.

“Todos saberão proporcionar as melhores condições para os refugiados estarem pelo período que for necessário e para fazerem a sua vida.”

A família que ficou, inicialmente a trabalhar na área social (forte empregadora no concelho), acabou por abrir um negócio próprio, estando bem integrada, disse Ricardo Aires.

Num outro projeto, o concelho tem vindo a receber, desde o ano letivo de 2012/2013, jovens da ilha são-tomense do Príncipe que concluem o ensino secundário na vila. O primeiro grupo de seis jovens está já a estudar no Instituto Politécnico de Portalegre e o segundo grupo (cinco) candidatou-se este ano ao ensino superior. Este ano, a escola secundária vai receber mais sete jovens daquela ilha.

“Quem vem para trabalhar e para estudar tem excelentes resultados”, realçou Paulo César.

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