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Julgamento Mangualde: «Ela virou-se e eu explodi para cima dela»

Jovem acusado de matar a namorada confessa crime em tribunal

O jovem de 22 anos suspeito de ter morto a namorada confessou, esta quinta-feira, ter cometido o crime com uma marreta, colocando depois o corpo da vítima num carro, que atirou a uma ravina junto à Barragem de Fagilde.

Ao Tribunal de Viseu, o rapaz, aluno do curso de Engenharia do Ambiente, no Instituto Politécnico de Viseu (IPV), admitiu que o relacionamento que mantinha com Joana Fulgêncio era conflituoso e com discussões frequentes.

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Durante a manhã da primeira sessão de julgamento, o arguido admitiu que, no mesmo pinhal e após discutirem, foi à bagageira do carro e pegou numa marreta, que adquiriu dias antes numa viagem a Madrid, «para assustá-la e parar com a discussão». Contou ainda que a namorada o viu com a marreta na mão, mas que lhe disse não ter medo e já não querer mais nada com ele, virando-lhe as costas.

«Ela virou-se e eu explodi para cima dela», confessou, admitindo ainda que há momentos em que explode e que destrói tudo o que lhe aparece na frente, apontando como exemplo uma situação em que atirou a sua mãe pelas escadas.

O jovem, que alega não saber lidar bem com situações em que é contrariado ou rejeitado, disse ainda ao tribunal que tem uma vaga ideia de que desferiu duas pancadas na cabeça da namorada com uma marreta.

O estudante contou que depois de ter feito vários quilómetros de carro, seguiu em direcção à Barragem de Fagilde, e depois de uma tentativa de suicídio de que se arrependeu, atirou o carro a trabalhar, em ponto morto e destravado, com o corpo de Joana para uma ravina.

Ainda durante a manhã, o tribunal ouviu os testemunhos do dono do bar onde o rapaz foi bater à porta e que chamou a polícia e os bombeiros e ainda o homem que lhe vendeu a marreta.

Durante a manhã, várias dezenas de pessoas concentraram-se na entrada e átrio do tribunal de Viseu, à espera que o arguido entrasse, respondendo a um apelo da mãe da jovem lançado no Facebook. Amigas da vítima exibiram uma faixa negra a exigir justiça, assim como algumas t-shirts a pedir pena máxima para o autor do crime.

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