Numa altura em que cresce o número de denúncias de pedofilia contra membros da Igreja Católica, em diversos países, altos responsáveis eclesiásticos assumem a existência de casos, mas ao mesmo tempo, colocam-se à defesa. Sobre este tema, o bispo de Beja, D. António Vitalino Dantas, apesar de descrever este crime como um «pecado grave», lamentou que haja «lobbies anti-igreja», que acusou de caluniarem a instituição, que a tentem descredibilizar com estes escândalos.
«Sabemos que existem vários lobbies, uns ocultos e outros mais claros, que usam a comunicação social porque querem descredibilizar aqueles que lhes fazem sombra», disse o prelado à agência Lusa.
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Já antes destas declarações, D. Vitalino Dantas havia publicado uma mensagem no site da Diocese que dirige, em que criticou estes «lobbies» e as «suspeições» de que a Igreja tem sido alvo, relacionadas com casos de pedofilia, e que têm chegado à «praça pública».
O bispo considera que «o abuso e exploração sexual de menores não é apenas crime, mas é também, para a Igreja, um dos pecados graves». Porém, considerou que «há maneiras mais humanas de ajudar as vítimas e de castigar os prevaricadores», anotando que «aqueles contra os quais se cometem [os abusos] também ficam expostos» e os que são alvo de suspeitas «nem têm direito à defesa».
Numa concretização do que diz serem os «lobbies de poderes anti-igreja», o bispo apontou o dedo aos homossexuais. «Não é o único, mas o lobbie dos gays, apesar de representar uma minoria, tem muita força e não tenta defender a sua causa, apenas denegrir os outros», disse.
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