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Atleta de kickboxing condenado por «carjacking»

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Tribunal de Penafiel condenou a 14 anos de prisão um atleta de kickboxing do Vitória de Guimarães, detido em junho de 2013 pela PJ

O Tribunal de Penafiel condenou hoje a 14 anos de prisão, por três crimes de «carjacking», um atleta de kickboxing do Vitória de Guimarães, detido em junho de 2013 pela Polícia Judiciária.

Aquele arguido, de 28 anos, foi condenado por três crimes de roubo agravado, por se ter apoderado de outras tantas viaturas em Felgueiras, Fafe e Vila do Conde, depois de ameaçar os respetivos proprietários com arma de fogo.

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A pena inclui ainda um crime de detenção de arma proibida.

Segundo o acórdão, a que a Lusa teve acesso, trata-se de um atleta federado e com um «futuro promissor, designadamente na categoria mundial».

Um valor atestado durante o julgamento pelo seu treinador no Vitória de Guimarães, Manuel Alberto, que até já o tinha convocado para um Portugal-França, quando era selecionador nacional.

Um outro arguido no processo foi condenado a 10 anos e meio de prisão, por dois crimes de «carjacking» e um de tráfico de menor gravidade.

O processo tinha um terceiro arguido, que chegou a ser apontado como «cabecilha» mas que acabou absolvido, em grande parte devido à perícia de voz requerida pela defesa.

A perícia concluiu que a voz intercetada nas escutas telefónicas realizadas pela Polícia Judiciária não era do arguido.

Segundo Pedro Carvalho, advogado deste arguido, este foi «um dos poucos processos em Portugal» em que foi possível recorrer à perícia de voz.

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«Este foi um processo complexo, em que se julgavam crimes graves e em que, felizmente, foi possível recorrer, entre outros meios de defesa para demonstrar a inocência do arguido, à perícia a voz», referiu Pedro Carvalho.

O tribunal deu como provado que desde pelo menos maio de 2013 os dois arguidos condenados atuavam concertadamente, para se apoderarem de viaturas de alta cilindrada e de marcas prestigiadas, que depois eram recolocadas no mercado integralmente ou peças.

Os arguidos atuavam «com grande violência física e verbal», usando linguagem ofensiva, insultuosa e agressiva e fazendo-se acompanhar de armas de fogo.

Atacavam sobretudo vítimas do sexo feminino e mais vulneráveis.

Uma das vítimas foi uma prostituta em Fafe.

O «quartel general» dos arguidos era uma garagem em Guimarães, onde a polícia apreendeu diversos objetivos ligados à prática dos crimes.

Os arguidos vão ainda ter de pagar indemnizações no valor total de quase 13 mil euros às vítimas, por danos patrimoniais e não patrimoniais.

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